NO MUNICÍPIO - Pulverização pode reduzir desigualdades
Relação entre o número de empresas e a renda da população foi apresentada pela Prefeitura em pesquisa
Premissa para desenvolver a política de captação de novas empresas visada pela Prefeitura, a identificação dos bairros mais carentes se deu a partir da formulação do Índice de Cobertura Agregado por Bairro (ICA-b), o qual trabalhou diretamente as informações da Rais e possibilitou à SDE, segundo contou o coordenador de Projetos de Desenvolvimento Econômico Paulo Barbosa, chegar a seguinte relação: "se aumentarmos em 1% a concentração de empresas em um bairro, iremos aumentar em 0,5% o eixo renda do IDH".
"A médio e longo prazo, o que vai resolver esse problema (social e da densidade de empresas) é a criação de uma prioridade de equipamentos públicos e novas empresas nessas áreas que não coincidentemente tem menor renda e menor número de empresas", admitiu o prefeito Roberto Cláudio.
Setores em evidência
Além dos bairros mapeados e classificados a partir do ICA-b, a SDE ainda identificou os setores de maior relevância para Fortaleza, ou seja, que geram mais renda e empregos, a partir da criação do Índice de Cobertura Setorial das Atividades Econômicas por Bairro (ICS-b).
Como era de se esperar com bairros como o Centro e Meireles figurando entre os primeiros do ranking geral, o setor de serviços alcançou o topo da lista sendo responsável por 9,83 empresas para cada grupo de mil habitantes da cidade. Em seguida, esteve outro já esperado setor, o comércio - responsável por 8,88 empresas para cada grupo de mil habitantes. Ainda estiveram entre os dez listados indústria da transformação (2,22 empresas para cada mil habitantes), construção civil (2,07), administração pública (0,06), Agropecuária (0,06), as chamadas outras atividades (0,404) e a indústria extrativa mineral (0,007).
Recorde de empregos
Ainda com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) - desta vez do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) -, a SDE destacou o desempenho de Fortaleza na geração de vagas no acumulado de 2014 - 12,2 mil vagas, o que representou o maior número entre as nove capitais nordestinas. Tão positivo quanto foi o dado do Caged que deixa a capital cearense como a terceira em geração de postos formais nos últimos 12 meses - entre setembro deste ano e o mesmo mês do ano passado. Neste comparativo, Fortaleza gerou 27,6 mil vagas e ficou atrás do Rio de Janeiro (30,9 mil) e São Paulo (59,7 mil). (AOL)
Fonte: Diário do Nordeste