META EM 2017 - BC agirá para dominar inflação
Para 2016, o Banco Central promete em trazer a inflação 'o mais próximo possível de 4,5%'
Brasília. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, reforçou que o foco da meta de inflação foi jogado pelo Banco Central para 2017, conforme já admitido pelo diretor de Política Econômica da instituição, Altamir Lopes.
Agora, o comitê afirma que o objetivo é a convergência da inflação para a meta de 4,5% no ano de 2017. Na ata anterior, o colegiado mantinha a avaliação de que as decisões futuras do Copom seriam tomadas para assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a política monetária.
O Copom reiterou que a demanda agregada continuará a se apresentar moderada no horizonte relevante para a política monetária. O colegiado manteve a avaliação de que o consumo das famílias tende a ser influenciado por fatores como emprego, renda e crédito; enquanto a concessão de serviços públicos e a ampliação da renda agrícola, entre outros, tendem a favorecer os investimentos.
A ata repete que, por sua vez, as exportações líquidas apresentam melhor resultado, com aumento das exportações e com o processo de substituição de importações em curso. Para 2016, o BC promete em trazer a inflação "o mais próximo possível de 4,5%", mas com a ressalva de circunscrevê-la aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujo teto é de 6,5% no próximo ano.
A ata, no entanto, retirou a expressão de que a "política monetária deve se manter vigilante", que estava presente no documento anterior. O colegiado manteve a avaliação de que há incertezas associadas ao balanço de riscos, principalmente, quanto à velocidade do processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição.
Cenário externo
O Copom fez uma avaliação do cenário externo bem próxima do que já vinha apresentando nos documentos anteriores. Retirou, no entanto, a percepção de que enxerga evidências de novos focos de volatilidade nos mercados de moedas e de renda fixa. "O Copom considera que o ambiente externo permanece complexo, com episódios de maior volatilidade afetando importantes economias emergentes, mas identifica baixa probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais", escreveram os diretores no documento.
Fonte: Diário do Nordeste