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Publicado em: 24/11/2015

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Levy: foco agora é aprovar medidas

Rio. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse ontem que "do ponto de vista intelectual", o ajuste fiscal está praticamente concluído. Ele disse que agora o ajuste "tem que acontecer no Congresso". Levy participou de seminário organizado pela FGV, no Rio. Ele deu a entender que o governo não deverá criar novas medidas para reequilibrar as contas públicas.

Na semana passada, o governo conseguiu que o Congresso vetasse dois projetos que poderiam comprometer os planos de ajuste fiscal - o reajuste salarial do Judiciário e a extensão do reajuste do salário mínimo aos aposentados.

O governo tenta ainda a aprovação, no Senado, do projeto de lei que repatria - e cobra imposto sobre - recursos enviados ilegalmente ao exterior e também a volta da CPMF.

"Eu diria que do ponto de vista intelectual o ajuste fiscal já quase se concluiu. Agora ele tem que acontecer, na votação, no Congresso, na questão política. Mas em termos de formulação econômica, acho que é um assunto, uma página entendida por todo mundo", disse Levy.

Demora causa impostos

Levy afirmou que a demora do Congresso na aprovação das medidas de ajuste pode ocasionar em ainda mais aumento de impostos. Ele lembrou que a mudança de impostos só pode ocorrer depois de noventa dias de tomada a decisão, o que adia ainda mais a arrecadação da União. "Como não foi votado em outubro, está sendo votado em novembro e se está perdendo um mês de arrecadação. Isso talvez signifique que vai ter que aumentar o imposto mais do que tinha planejado ou vai ter que cortar alguns gastos mais do que tinha planejado", completou.

Readequar gastos

Segundo o ministro, o desafio do momento é readequar os gastos públicos. "Obviamente, o ajuste tem um aspecto mais profundo, que é a questão do gasto público, de como que vamos lidar com o gasto público, qual vai ser o tamanho do estado e etc. São muitas dúvidas e o Brasil tem que evoluir do ponto de vista regulatório, do ponto de vista legal. Temos que simplificar a vida das empresas e das pessoas. E não é um caminho fácil", afirmou o ministro.

Fonte: Diário do Nordeste