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Publicado em: 07/04/2015

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Investidores europeus processam Petrobras

Um dos maiores investidores da Suécia prometeu tomar medidas legais diretas contra a Petrobras, tornando­se o terceiro grande investidor a acionar individualmente o grupo petrolífero brasileiro em busca de reparação de danos. O AP1, fundo de pensão de US$ 30 bilhões, planeja processar a Petrobras em separado da ação coletiva já impetrada após as revelações do escândalo de corrupção de vários bilhões de dólares na maior empresa do Brasil em receita.

Um porta­voz da AP1, que detinha 3,7 milhões de ações da Petrobras no final de dezembro, disse ao Financial Times (FT): “Nós optamos por agir por fora da ação de classe e pretendemos abrir nosso próprio processo contra a empresa”. Nas últimas duas semanas, a gestora de fundos americana Dimensional Fund Advisors e seis fundos de pensão de Nova York também optaram por processar sozinhas a Petrobras por perdas sofridas com os subornos que teriam acontecido na empresa entre 2004 e 2012.

Um porta­voz AP3, o segundo maior dos cinco fundos de pensão do governo sueco, com US$ 33 bilhões em ativos, fez a seguinte declaração ao FT: “Ainda não decidimos aderir a quaisquer ações coletivas contra a Petrobras. No entanto, vamos garantir que receberemos a nossa eventual cota em [qualquer] acordo”. Já o fundo AP7, que administra US$ 20 bilhões, confirmou que possui 3,3 milhões de ações da Petrobras – no valor de 10 milhões de euros –, mas disse que “não tem quaisquer planos de ação coletiva”.

Estados Unidos

No final de março, um escritório de advocacia dos Estados Unidos registrou uma ação coletiva contra a Petrobras e suas subsidiárias internacionais em um tribunal de Nova York. A ação consolidou “dezenas de ações” já existentes contra a estatal brasileira no exterior. Na ação, o escritório Pomerantz LLP alega que a Petrobras e seus altos executivos estão envolvidos em um esquema bilionário e com duração de “muitos anos” de “lavagem de dinheiro e pagamento de propinas, que foi ocultado de investidores”. Os norte-americanos já haviam registrado, pelo menos, 11 ações coletivas contra a estatal brasileira.

Na nova ação, os advogados representam investidores que compraram ações não só negociadas na BM&FBovespa, mas também as chamadas ADRs, que são papéis da estatal operados no mercado financeiro de Nova York. A abrangência da ação se estende de 22 de janeiro de 2010 e 18 de março deste ano. Nas duas última semanas, de acordo com o “FT”, uma série de investidores optaram por não fazer parte da ação coletiva, entre elas o Dimensional Fund Advisors e seis fundos de pensão da cidade de Nova York.

No ano passado, em 8 de dezembro, o primeiro escritório a anunciar que entrou com uma ação coletiva contra a Petrobras - em um tribunal no distrito de Nova York - foi a Wolf Popper LLP, em nome de todos os investidores que compraram ações da empresa entre maio de 2010 e novembro de 2014.

Fonte: O Estado do Ceará