Inflação de 2015 fará contribuinte pagar Imposto de Renda maior
No Brasil não é novidade que os contribuintes pagam mais impostos que deveriam. São cerca de cinco meses trabalhados para “dar” aproximadamente 41% da renda aos cofres públicos. E, com o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o cenário não é diferente: neste ano, só estará isento de prestar contas com o leão quem teve renda mensal de até R$ 1.903,98. A primeira faixa salarial vai de R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65, cuja alíquota é 7,5% e a parcela a deduzir do IR é de R$ 142,80. Já a segunda, cuja taxa é de 15%, contempla os contribuintes que receberam R$ 2.826,00 a R$ 3.751,05.
A terceira faixa, de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 tem alíquota de 22,5% e acima de R$ 4.664,68, a taxa é de 27,5%. Para o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, com a disparada da inflação em 2015, que atingiu 10,67% de acordo com o índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, considerado o maior valor em 13 anos, houve uma enorme defasagem da tabela do IR, cuja correção média foi calculada pelo poder executivo em 5,6% no ano passado.
Segundo o IBPT, por causa da inflação, o ideal seria que a primeira faixa do Imposto de Renda fosse de 3.250,29 a R$ 4.871,18, com alíquota 15%; a segunda de R$ 4.781,19 a R$ 6.494,94, com taxa de 22,5%; a terceira de R$ 6.494,95 a R$ 8.115,61, com 27,5%; e a última com valores superiores a R$ 8.115,61.
Para o diretor regional do IBPT, Alexandre Fiorot, a tabela do IR deste ano desfavorece os trabalhadores que ganham menos salário. Em sua opinião, a população mais carente paga o mesmo valor de imposto que aquele cidadão que tem um maior poder aquisitivo, contribuindo para que nossa carga tributária seja cada vez mais alta: “Enquanto as classes mais baixas saem da isenção ou mudam de faixa, os mais ricos continuam na mesma, de 27,5%”, disse.
Fonte: Jornal O Estado