IMPACTO - Hub elevaria PIB do Ceará em 6% em cinco anos
Escolha poderá ser feita ainda neste semestre. Equipamento injetaria R$ 9,9 bilhões na economia cearense em cinco anos de operação
Além de ser concedido à iniciativa privada, o Aeroporto Internacional de Fortaleza - Pinto Martins tem a chance de se tornar ainda mais relevante, caso seja escolhido pelo Grupo Latam Airlines para sediar o hub da empresa no Nordeste. Para isso, terá de vencer a disputa com Natal (RN) e Recife (PE).
As negociações para a prospecção do hub foram iniciadas em abril do ano passado e, segundo a empresa, a definição da capital que sediará o equipamento poderá ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano. Para o secretário da Infraestrutura, André Facó, o hub trará um grande impulso para a economia cearense, motivo pelo qual o governo tem se dedicado a resolver todos os obstáculos apresentados.
"O Ceará trabalha com um plano de ação em cima de cada gargalo apresentado por um trabalho da consultoria contratada pela própria Latam. Isso demonstra para a empresa, com prazos e atividades, que os obstáculos apontados são plenamente solucionáveis", destaca Facó.
Entre as medidas tomadas pelo poder público para atrair o equipamento estão a declaração de terrenos próximos ao aeroporto, como de utilidade pública; a cessão do terreno da base aérea; e a isenção de impostos estaduais e municipais para empresas que instalarem um centro de conexões em Fortaleza.
Crescimento e empregos
Estudo feito por uma consultoria para a Latam revelou que o equipamento na Capital cearense seria responsável pela geração de cerca de 35 mil empregos diretos e indiretos até 2018, além de crescimento de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, o que representa impacto de R$ 9,9 bilhões na economia em um período de cinco anos de operação do equipamento.
Mais de um terço do impacto econômico (39%) viria dos setores de transporte e armazenagem; outros 17%, do setor de atacado e varejo; e 12% dos setores de hotel e alimentação. Já sobre o impacto em empregos, 29% seriam nos setores de transporte e armazenagem; 29% de atacado e varejo; e 12% de hotéis e alimentação.
Os novos visitantes trariam, no segundo ano de operações, em torno de US$ 287 milhões anuais a mais com turismo, considerando US$ 1.714 de gasto por passageiro. Além disso, as despesas dos visitantes gerariam 18,9 mil empregos por ano.
Outro estudo feito pela consultoria Arup estima que o hub em Fortaleza movimente, a partir de 2018, dois milhões de passageiros adicionais por ano, em 24 aeronaves operadas diariamente, em simultâneo, (entre 2,5 mil e 3 mil passageiros na hora-pico). Em 2038, o número de passageiros chegaria a 3,2 milhões por ano, em 36 aeronaves operadas diariamente e de forma simultânea (mais de 4 mil passageiros na hora-pico).
"Estamos agora na expectativa do desenrolar do processo de concessão do aeroporto Pinto Martins. Essa fase é muito importante para consolidar a vinda do centro de conexões. Estamos cada vez mais confiantes que o Ceará é a melhor opção para a instalação do hub e, por isso, certos da escolha do nosso estado", assegura o secretário.
Fonte: Diário do Nordeste