GOIÁS: Meta de corte de gastos é atingida
Sete órgãos do governo goiano não conseguiram cumprir metas de corte de despesas correntes nos quatro primeiros meses de medição da consultoria da empresa Falconi. No resultado geral de toda a estrutura, no entanto, o governo gastou 14% menos do que poderia. As metas fazem parte do pacote de medidas de ajuste fiscal do Estado.
De outubro de 2015 a janeiro de 2016, a consultoria estabeleceu como limite de despesas correntes R$ 639,5 milhões. O governo registrou gastos de R$ 548,9 milhões. Os dados foram obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
As despesas correntes são aquelas de custeio e manutenção da máquina, como água, energia, telefone, viagens, eventos, locação de imóveis, veículos e serviços de tecnologia de informação. A Falconi foi contratada em convênio do Estado com o Movimento Brasil Competitivo.
No primeiro semestre de 2015, a consultoria elaborou um plano de ação visando à redução de gastos em todos os órgãos. A metodologia utilizada, chamada de Gerenciamento Matricial de Despesas, fez controle cruzado entre unidade executora e natureza técnica da despesa. A equipe fez pesquisa comparativa, levando em conta histórico dos próprios órgãos e também outras gestões públicas.
De acordo com o relatório de janeiro da consultoria, em dois setores o governo não conseguiu bater as metas de cortes: serviços de tecnologia da informação e comunicação e concessionárias públicas (água e energia). No primeiro caso, o resultado de outubro a janeiro ficou 12% acima da meta e no segundo, 13%.
De acordo com informações da Secretaria da Fazenda, os aumentos de energia e água impediram o cumprimento das metas, embora tenha havido redução no consumo.
A titular da Sefaz, Ana Carla Abrão, diz que o projeto é de 12 meses e que, em alguns casos, os resultados levam um tempo superior aos 4 primeiros meses. “O importante são as ações contínuas. Muitas coisas dão resultado depois de um certo tempo", avalia.
A secretária afirmou que não houve cálculo do porcentual médio de corte estabelecido com as metas da Falconi, já que a equipe de consultoria faz um trabalho item a item por órgão e por setor. “A variação é grande", justifica. Também não houve ainda um cálculo da economia obtida até aqui.
Os dados gerais da consultoria apontam que, em novembro, o governo gastou R$ 38 milhões a mais que o limite. O teto era de R$ 175,6 milhões e houve um total de R$ 213,5 milhões de despesas. Foi o único mês em que o Estado não conseguiu cumprir a meta.
Em janeiro deste ano, o gasto registrado foi de apenas R$ 52,8 milhões, quando o teto permitido era de R$ 99,5 milhões. A despesa menor em janeiro é esperada porque o orçamento do ano leva mais tempo para ser aberto.
De outubro de 2015 a setembro de 2016 (prazo final do projeto), o governo poderá gastar em despesas correntes um total de R$ 1,94 bilhão.
Fonte: O Popular