GASOLINA - Mantega não descarta aumento
O declínio dos preços internacionais da gasolina não significa, necessariamente, que o aumento do preço do combustível no Brasil será adiado, afirmou nesta quarta-feira, 15, o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"Essa é uma decisão da Petrobras. Embora o preço da gasolina no Brasil esteja maior agora do que nos Estados Unidos, isso não quer dizer que a empresa deixará de fazer algum aumento", disse, na chegada à sede do ministério. "Havia defasagem e agora não há, agora é em benefício da Petrobras", reforçou o ministro da Fazenda.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou ontem que a redução dos preços do petróleo no mercado internacional e de derivados, como gasolina e diesel, foi questionado por analistas quanto ao momento e ao tamanho do reajuste esperado nos preços dos combustíveis no ano.
A gasolina vendida pela Petrobras no mercado interno atingiu, nesta semana, nível 1% mais elevado que o mercado internacional, segundo cálculos do banco Credit Suisse. A continuação desse cenário atual de depressão dos preços internacionais da gasolina até o fim do ano reduziria a necessidade de aumento do combustível no Brasil em 2014, avalia o banco.
O relatório do Credit Suisse mostra que a diferença média entre o preço internacional e o doméstico da gasolina foi de 17,3% nos primeiros nove meses do ano. Os preços futuros apontam para uma queda de 3% no mercado internacional em dezembro, na comparação com o nível atual, implicando um preço no mercado doméstico 4% mais alto, considerando a atual taxa de câmbio. "Nossa projeção para o IPCA de 6,4% ao fim do ano não embute alta nos preços da gasolina, o que pode levar o IPCA a superar o limite do teto da meta", dizem os analistas.
A estimativa é que uma alta de 5% nos preços da gasolina nas refinarias até dezembro elevaria a inflação medida pelo IPCA em 2014 em 0,15 ponto porcentual.
Fonte: Diário do Nordeste