EXPORTAÇÕES - Novo plano é recebido com otimismo no Ceará
Governo lança plano para impulsionar exportações. No Ceará, empresas exportaram US$ 1,471 bilhão em 2014
O Plano Nacional de Exportações (PNE) lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff é visto com esperança por setores exportadores do Ceará. O anúncio do novo plano é umas das medidas do governo para tentar recuperar a economia.
Para a presidente, o Brasil não pode aceitar ser apenas o 25º colocado no ranking de comércio mundial. Ela destacou que o País precisa aproveitar o câmbio favorável às exportações para fortalecer o setor.
Para o presidente da Comissão do Comércio Exterior do Ceará (CCE-CE), Roberto Marinho, ainda é cedo para avaliar o impacto do plano aguardado desde março. “Na minha avaliação, um dos grandes impactos poderá se dar no pilar – Financiamento às Exportações, que no meu entender é um importante entrave ao incremento às nossas exportações em alguns mercados”.
Marinho acrescenta que no caso do Ceará, a Comissão de Comércio Exterior apresentou ao Governo do Estado, através da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), o Programa Exporta Ceará que poderá ser a locomotiva das ações do PNE no Ceará.
“Um olhar mais apurado será necessário, mas posso afirmar que o Ceará pode ser ponta de lança no Nordeste do PNE, através do Programa Exporta Ceará e através de uma parceria forte entre Adece, Fiec, Sebrae, Faec, bancos de fomento e outros atores importantes, sob o guarda chuva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) – PNE”, ressalta.
Câmara
O presidente da Adece, Ferruccio Feitosa, também comemora o lançamento do plano e anuncia que em breve será instalada a Câmara do Comércio Exterior do Ceará. Ele disseta que essa câmara temática das exportações cearenses, que terá até 25 membros, junto com o PNE devem alavancar as vendas das empresas cearenses que no ano passado registraram US$ 1,471 bilhão.
A Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) divulga nota considerando que o plano sinaliza melhorias para a inserção de mercadorias nacionais no comércio mundial. Adianta que os cinco pilares do plano sugerem um cenário mais otimista para as empresas.
Para a Fiec, os mercados desenvolvidos, como Europa e Estados Unidos, são prioritários para o aumento da competitividade das empresas e o desenvolvimento econômico e social do País.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o conjunto de medidas anunciado pelo governo federal aponta na direção correta ao alçar o comércio exterior a item estratégico e prioritário na agenda nacional.
“Sem uma postura ativa, amparada em instrumentos que estimulem o acesso a novos mercados, o país não alcançará posição no cenário global à altura da sétima maior economia do mundo”, diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Fonte: O Povo