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Publicado em: 21/10/2015

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Especialistas em economia revelam pessimismo

Pesquisa de Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), divulgada pela Fecomércio-CE e o Conselho Regional de Economia (Corecon-CE), aponta pessimismo dos economistas

A pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), divulgada pela Fecomércio-CE e o Conselho Regional de Economia (Corecon-CE), aponta, em sua nona edição, que o ceticismo aumentou e se generalizou em relação a percepção geral, presente e futura. Os resultados estão em consonância com o comportamento dos indicadores macroeconômicos e com a realidade política do país.

Essas expectativas movem os agentes econômicos e impactam, positivamente ou negativamente, no comportamento de diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. E, ainda, agem sobre variáveis, índices e indicadores econômicos que interferem na percepção dos diversos agentes econômicos. 

Metodologia

 Com periodicidade bimestral, a pesquisa coletou no período de setembro-outubro as expectativas de mais de 80 especialistas em economia. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.

A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. Esta é a primeira vez, desde maio de 2014, que os analistas revelaram pessimismo com o comportamento de todas as nove variáveis investigadas: gastos públicos (94,4 pontos); cenário internacional (91,9 pontos); taxa de inflação (81,5 pontos); taxa de câmbio (71,0 pontos); oferta de crédito (67,7 pontos); taxa de juros (61,3 pontos); nível de emprego (29,8 pontos); evolução do PIB (28,2 pontos) e salários reais (21,0 pontos), que atingiu a menor pontuação. 

Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice geral declinou da oitava para a nona pesquisa de 78,7 pontos para 60,8 pontos, uma acentuada variação negativa de 22,8%, a maior da série, revelando aumento significativo do pessimismo na percepção geral dos especialistas do Ceará. 

A pesquisa mostra também o aumento no ceticismo dos analistas sobre o comportamento futuro das variáveis que declinou de 98,9 pontos para 78,1 pontos, o que corresponde a uma significativa variação negativa de 21,0%.  Vale destacar que a percepção pessimista sobre o desempenho presente das variáveis registrou expressivo aumento de 25,8%, com o índice declinando de 58,4 pontos para 43,4 pontos. 

Fonte: Diário do Nordeste