DESEMPENHO CEARENSE - Exportação não está no nível ideal
14/03/2014.
No mês passado, o Estado diversificou o leque de países com os quais tem mantido relações comerciais
Embora tenham registrado crescimento de 3,1% em fevereiro deste ano, frente a igual mês de 2013, as exportações cearenses permanecem abaixo do patamar considerado satisfatório, conforme avaliação do Centro Internacional de Negócios (CIN). Totalizando US$ 93,5 milhões, as vendas para o exterior, no segundo mês do ano, foram lideradas pelos setores de calçados, peles e frutas, responsáveis, respectivamente, por 29,3%, 11,4% e 19,3% do montante.
Segundo o presidente do CIN, Eduardo Bezerra, considera-se que "há equilíbrio" na atividade industrial cearense quando as exportações mensais atingem pelo menos US$ 100 milhões. Uma das hipóteses para as vendas abaixo desse número, indica, seria o fato de o mercado nacional estar mais atrativo para as empresas do Estado. "Mas, se você observar a situação econômica, vai ver que ela não está com a mesma folga de quatro a seis meses atrás", pondera.De todo modo, ressalta, o desempenho das exportações não depende unicamente da atividade produtiva do Estado. "É preciso saber se o consumidor comprou menos por conta da crise em seu país ou porque formou estoque anterior", ilustra.
Importações
Em relação às importações, que sofreram queda de 17,7% em comparação com fevereiro de 2013, Bezerra destaca que "não é preciso haver grandes preocupações no momento". A redução, acrescenta, está ligada à diminuição da compra de peças usadas na construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Ao todo, o Ceará importou US$ 255 milhões no mês passado. Conforme o Diário do Nordeste mostrou, com exclusividade, o saldo na balança foi negativo, de US$ 161 milhões.
O presidente do CIN destaca que o Ceará tem diversificado o leque de países com os quais tem mantido relações comerciais. "No caso das exportações, isso mostra que o exportador, não encontrando mercado nos clientes usuais, está procurando outras opções. Do lado das importações, mostra que os preços do fornecedor habitual não estão a um nível favorável para o fornecedor", comenta.
Para Bezerra, as recentes mudanças ligadas aos compradores dos produtos cearenses é "bastante positiva". Em fevereiro deste ano, dois países que não estavam entre os dez principais compradores de 2013 passaram a integrar o ranking - Espanha e México. Nas importações, passaram a ter mais destaque Japão, Indonésia e Vietnã.
Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)