Defasagem da tabela do IR continua em destaque na mídia

15/02/2013

Prestes a ser aberto o período do envio das declarações do Imposto de Renda - previsto para o início de março – e com especialistas dando várias dicas de como obter deduções, o diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional, Luiz Antônio Benedito, é enfático ao criticar o modelo atual de deduções. Segundo ele, a lei permite apenas abater gastos "que não correspondem à realidade", ou seja, inferiores ao que seria necessário. "Essa correção da tabela se faz urgente. Existem outras maneiras de aumentar a arrecadação que não em cima do trabalhador", disse ao Correio Braziliense.

Segundo Benedito, o desconto por dependente, hoje de R$ 171, 97 por mês, deveria ser de R$ 273,89. No caso dos gastos com Educação, a tabela do IR permite que se deduza até R$ 3.230 por ano, enquanto o valor adequado seria de R$ 5.145,24. O detalhamento completo do que ele denuncia consta de um Estudo feito pelo Sindifisco Nacional sobre a defasagem da tabela do IR comparada com a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Com essa defasagem, um grande número de brasileiros, que poderiam estar isentos, é obrigado a prestar contas. Se o Governo mantivesse a tabela ajustada, a partir de 1996, ao menos pela inflação, seriam dispensados de pagar impostos os brasileiros com renda até R$ 2,8 mil - hoje, essa faixa é de R$ 1,7 mil, uma diferença de 66,4%.

Fonte: Sindifisco Nacional