Debate público na ALMG discute a situação dos servidores aposentados

11/12/2013.

Um debate público sobre a condição dos servidores públicos aposentados de Minas Gerais foi realizado na manhã desta sexta-feira no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.  O Encontro foi presidido pelo deputado estadual do PT/MG e presidente da Comissão de Direitos Humanos , Durval Ângelo e contou com a participação de várias entidades. Representando a Diretora-presidente da AFFEMG, Maria Aparecida Meloni, Papá, o Presidente do Conselho de Administração da Associação, Francisco Mota compôs a mesa de honra ao lado da coordenadora do Fórum, Marly Moysés.

Na abertura foi feita uma homenagem ao jornalista Cláudio Vilaça que há um ano faleceu em um acidente de carro. Cláudio tinha 38 anos, muitos deles dedicado à defesa do servidor e do serviço público no estado. Um dos fundadores do Fórum Permanente, ele exerceu importante papel no processo de formação e união das Entidades participantes do Fórum que, atualmente, leva seu nome. Familiares do jornalista estiveram presentes na cerimônia e receberam do dep. Durval Ângelo uma placa de homenagem. Em quase todos os discursos realizados pelos representantes das entidades o poder de liderança e fraternidade do jornalista foi lembrando. “Cláudio foi  um cidadão que soube de maneira ímpar  lutar pela ética e os valores humanos, sua determinação será sempre uma referência  para todos nós”, destacou o Pedro Pereira Franco, presidente da Associação dos Jornalistas do Serviço Público, entidade que foi presidida por Cláudio Vilaça.

Outro ponto comum em todos os discursos proferidos durante o debate foi o descaso do governo em relação aos servidores aposentados. Políticas, como a cobrança do fator previdenciário, foram duramente criticadas. “Fomos surpreendidos com o que o governo chamou de ‘contribuição solidária da previdência, contudo o nome correto dessa cobrança é imposto vitalício sobre proventos e pensões.”, destacou Francisco Mota.

A Presidente do Fórum “Cláudio Vilaça”, Marly Moysés , relembrou o poeta Thiago Mello para descrever a situação dos aposentados. “O poeta dizia que não podemos deixar  o pão de cada dia chegar a nossa mão com gosto da humilhação, ele deve ser fruto de uma canção construída no trabalho. Mas, o que vemos hoje é que, para nós servidores aposentados, esse pão chega com o sabor do desrespeito, através, de uma política que faz com que deixemos de comprar remédio para alimentar o restante da família. Essa é a realidade de quem trabalhou e contribuiu uma vida, deixar de cuidar da saúde para alimentar os seus”, relatou Marly.

 

Fonte: Affemg