DE SETEMBRO A NOVEMBRO - Ceará tem segunda maior expansão entre oito estados
A retomada da produção industrial e a ampliação do mercado interno podem alavancar crescimento
Empatado com o Estado de Pernambuco, o Ceará registrou crescimento de 2% no Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central (BC), entre setembro e novembro do ano passado, na comparação com o período de junho a agosto do mesmo ano. Essa foi a segunda maior variação do índice entre os oito Estados que trazem informações detalhadas no relatório do (BC), ficando atrás do Paraná, cujo IBCR teve alta de 2,6% no período.
No acumulado dos últimos doze meses até novembro do ano passado, o crescimento foi de 2,8% no Estado. Entre os indicadores investigados para o cálculo do IBCR, destaque para o crescimento de 11,4%, entre setembro e novembro, da receita nominal do setor de serviços do Ceará, na comparação com o mesmo período de 2013. Foram criados 25,5 mil empregos formais também no trimestre encerrado em novembro do ano passado, com ênfase para os setores de serviços e construção civil, que geraram, juntos, 13,8 mil vagas.
Perspectiva de crescimento
Já a produção industrial teve leve aumento, 0,2%, quando comparada aos três meses imediatamente anteriores. Para essa variação influenciaram os resultados dos segmentos de confecção de artigos de vestuário e acessórios (11,9%) e de fabricação de produtos de minerais não metálicos (4,8%). Mesmo com esse crescimento sutil, a retomada da atividade industrial, ao lado da expansão do mercado interno, é apontada, pelo boletim do BC, como um dos fatores que devem dar continuidade ao ritmo de crescimento do Estado superior à média nacional.
Expansão moderada
No Nordeste, a expansão da atividade econômica foi considerada em ritmo moderado pelo relatório do BC, uma vez que a região apresentou crescimento de 0,2% entre setembro e novembro, na comparação com o período de junho a agosto do ano passado. No acumulado dos últimos doze meses, até novembro de 2014, o IBCR da região acumula alta de 3,6%.
Ainda segundo o boletim, para 2015, as boas expectativas em relação à economia do Nordeste se sustentam "na continuidade da recuperação da agropecuária e nos impactos positivos da maturação de importantes investimentos".
Recuperação das atividades
O Índice de Atividade Econômica do Brasil (IBC-Br) do período de setembro a novembro cresceu 0,8%, na comparação com os três meses anteriores, quando o indicador recuou 0,8%, de acordo com os dados dessazonalizados, segundo a pesquisa.
Considerado pelo relatório como uma "recuperação moderada" da atividade econômica, esse resultado foi puxado, principalmente, pelo desempenho da região Norte, onde o a atividade da indústria extrativa no Pará elevou o IBCR em 1,3%; e da região Sul, cujo índice teve alta de 2,2%, impulsionado pela recuperação na produção industrial e nas vendas do varejo. A Bahia foi o único Estado a sofrer retração de 0,3% no índice do período avaliado.
Jéssica Colaço - Repórter
Fonte: Diário do Nordeste