DE ACORDO COM FIEC - Exportações cearenses crescem pelo quarto mês consecutivo
Em maio, as exportações apresentaram US$80,8 milhões. Em comparação ao mesmo período do ano passado, foi US$72,1 milhões
As exportações cearenses apresentaram uma retomada no mês de maio (US$80,8 milhões), com uma expansão de 12%, quando comparado com igual período do ano anterior (US$72,1 milhões). Este é o quarto mês consecutivo que ocorre o crescimento das vendas externas. Os dados são do Ceará em Comex, estudo do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
São apontados dois possíveis fatores para o desempenho: o câmbio (onde a manutenção de sua apreciação torna os produtos nacionais mais competitivos); e a conjuntura econômica (que embora aponte uma tendência de retomada no futuro, ainda encontra-se com um mercado interno arrefecido). Em relação as importações, as compras externas reduziram-se em 50,9% no mesmo período, passando de US$252,7 milhões para US$124 milhões. Como resultado, o déficit na balança comercial encolheu em 76% - indo de US$180,5 milhões para US$43,2 milhões.
Apesar da reação nos últimos quatro meses de 2016, no acumulado do ano, as exportações cearenses apresentaram uma queda de 1,2% em comparação a 2015 (caindo de US$399 milhões para US$394,4 milhões). A explicação está na queda de 22% registrada em janeiro. Por sua vez, as importações sofreram redução de 51,1% no período, fruto principalmente da combinação de três fatores: desvalorização do real frente ao dólar; redução das importações de combustíveis, especialmente de gás natural liquefeito; e a conclusão das obras da CSP.
A participação das exportações e importações cearenses na balança comercial do Nordeste no acumulado do ano foi respectivamente de 7,7% e 11%; ante 7,5% e 13,6% em 2015. Em relação ao país, as vendas externas do estado permaneceram praticamente estagnadas, apresentando uma ligeira variação de 0,53% para 0,54%. Por outro lado, as compras do exterior contraíram em cerca de 30% - de 1,9% para 1,3%.
O Ceará posicionou-se na 16ª posição no ranking dos estados exportadores brasileiros, com US$394,4 milhões. Nota-se que, das 27 unidades federativas, somente dez obtiveram aumento nas vendas externas, sendo que a maioria ligadas ao setor do agronegócio/commodities.
Observando o ranking dos principais setores exportadores do Ceará, os "calçados" continuam no topo da lista, apesar da leve retração de 0,7% (de US$105,8 milhões para US$106,6 milhões) em relação a 2015. O grande destaque fica por conta do aumento de 270,8% nos “peixes, crustáceos e moluscos”.
Os Estados Unidos ampliaram sua participação no ranking dos países de destino das exportações cearenses em 2016 (de21,4% para 25,9%), permanecendo como o principal comprador dos produtos comercializados pelo estado, com US$102,2 milhões – alta de 19,6% em relação a 2015, quando o país comprou US$85,4 milhões. Vale ressaltar ainda a participação significativa da Argentina, figurando na segunda posição, com US$32,1 milhões ante US$22,7 milhões exportados durante o acumulado do ano passado.
Municípios
Em relação aos municípios cearenses exportadores, Itapipoca obteve o melhor desempenho em crescimento percentual no acumulado do ano - 94,9%, tendo comercializado ao exterior US$14,9 milhões, ante US$7,6 milhões do mesmo período do ano anterior. Por sua vez, embora tenha reduzido em valor total e em participação perante 2015, Fortaleza permaneceu na posição de maior exportador cearense, com US$59,4 milhões; muito embora sendo seguido de perto de Cascavel, com US$58 milhões. Apesar dos números, os três maiores exportadores do estado apresentaram quedas nos montantes comercializados (respectivamente de 22,6%; 5,6%; e 18,9%), resultando em retração na participação das vendas externas do estado.
São Gonçalo do Amarante continua sendo a cidade com a maior participação (42,7%) no raking dos municípios cearenses exportadores, apesar das importações terem reduzido 61,3% no período de 2016 diante de 2015. Por outro lado, as compras de Aquiraz vindas do exterior subiram 169,6% no período analisado, atingindo US$37,7 milhões defronte US$14 milhões do ano anterior.
Importação
Em relação aos principais setores importadores do estado em 2016, apenas os “produtos químicos orgânicos” registraram aumento – de 31,3%. Por outro lado, os “combustíveis e óleos minerais” continuam no topo da lista dos setores importados pelo estado, apesar da queda de 65,4%.
A China é o principal país de origem das importações cearenses no acumulado do ano, com US$132,2 milhões, apesar da retração de 49,1% em relação a 2015. Vale destacar que dos 10 países maiores fornecedores ao Ceará, apenas os Estados Unidos e a Índia registraram incremento - respectivamente de 36,1% e 61,1%.
Fonte: O Povo