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Publicado em: 13/03/2014

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Consumidor pagará por 5 anos ajuda às distribuidoras de energia

13/03/2014.

A conta é de R$ 1,2 bi, referente ao socorro do Governo Federal às distribuidoras de energia

O Governo vai repassar para o consumidor, ao longo de cinco anos, a conta do socorro que foi dado na última sexta-feira para as distribuidoras de energia, de R$ 1,2 bilhão. Essas empresas estavam com dificuldades de caixa para bancar o custo extra da energia gerada pelas termelétricas.

A energia está sendo usada por causa da forte seca que atingiu o País no início do ano e impediu a recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Para suprir a deficiência dessa geração, todas as térmicas, que são mais caras e poluentes, tiveram de ser ligadas.

“Da mesma forma como foi feito no ano passado, a antecipação que o Tesouro fez na conta CDE (Conta de Desenvolvimento Energético, espécie de fundo do setor), é claro, será paga em até cinco anos”, disse ontem o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

De acordo com Zimmermann, “o decreto alterou algumas cláusulas, mas mantém a mesma característica do decreto do ano passado”, quando esse tipo de ajuda às elétricas também foi dada. Em 2013 essa conta ficou perto de R$ 10 bilhões e os repasses, que deveriam começar a recair sobre as tarifas neste ano, foram segurados pelo Governo, para não aumentar o preço da energia. Agora, esse repasse de 2013 irá ocorrer em um prazo menor, entre 2015 e 2018.

O Governo ainda não decidiu se continuará prestando socorro a essas empresas ao longo deste ano e quanto vai pagar por mês. A previsão de gasto das distribuidoras apenas em fevereiro deve ficar em R$ 3,7 bilhões.

Risco

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou hoje que o Governo está “atento” à questão financeira que vem sobrecarregando as empresas de distribuição de energia e não deixará “que haja qualquer risco” para elas.

Segundo ele, a maior necessidade de contratação de usinas térmicas -que vem ocorrendo desde o fim de 2012 em função da seca prolongada que afeta o país- e de compra de energia no mercado livre por essas empresas, a um custo mais alto, resultou em “uma conta grande para ser paga”.

“Mas estamos acompanhando e o governo não deixará que aconteça nada com as distribuidoras”, completou. O setor elétrico está preocupado com o calendário de manutenção das usinas termelétricas, processo que demandará o desligamento temporário de parte dessas geradoras.

As termelétricas têm sido usadas em larga escala desde o fim de 2012. Muitas passaram a ficar ligadas praticamente durante todo o ano. Estudo feito pela consultoria do banco Santander mostra que em maio, ao menos 10% das térmicas terão de passar por manutenção e, em setembro, mais 10% também terão de fazer revisões.

SERVIÇO

Simule seu consumo de energia no site da Coelce:

http://bit.ly/O3Aubm

 

Fonte: O Povo Online (Jornal O Povo)