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Publicado em: 07/04/2016

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BRASIL MAIS PRODUTIVO - Três mil empresas devem receber incentivos

Governo lança Programa Brasil Mais Produtivo para uma melhoria de pelo menos 20% nos processos produtivos de pequenas e médias indústrias. A ação terá investimento de R$ 50 milhões

Até maio deste ano, o programa Brasil Mais Produtivo, lançado ontem, será iniciado em dez estados da Federação: Bahia, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso. A meta é implantar as ações do programa em todas as Unidades da Federação até o final do ano com o objetivo de aumentar em pelo menos 20% a produtividade das pequenas e médias indústrias participantes. A expectativa é alcançar 3 mil empresas até 2017.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o Brasil Mais Produtivo prevê que empresas recebam consultoria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e adotem técnicas para redução do desperdício no processo de produção. A ação terá investimento de R$ 50 milhões, sendo R$ 25 milhões do ministério e R$ 25 milhões do Senai. São aptas a participar do programa indústrias manufatureiras de pequeno e médio porte, que tenham entre 11 e 200 empregados e, preferencialmente, estejam inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APLs).

A Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) não quis se pronunciar sobre o programa. Mas, em artigo, conjunto com o ministro Armando Monteiro, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu o programa Brasil Mais Produtivo. O programa é realizado pelo Mdic em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Além disso, o programa conta com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Empresários terão a orientação de consultores para detectar problemas, com base na metodologia de manufatura enxuta (lean manufacturing), baseada na redução dos sete tipos de desperdícios mais comuns no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. O custo do programa por empresa será de R$ 18 mil, sendo R$ 15 mil subsidiados pelo programa e R$ 3 mil serão a contrapartida das empresas. A quantia poderá ser financiada pelo cartão BNDES.

O presidente do banco, Luciano Coutinho, disse que, além do cartão BNDES, a instituição credenciará as empresas participantes em duas linhas de crédito, para micro e pequenas empresas inovadoras e que fazem exportações, respectivamente. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, elogiou o programa mas pediu combate a outros problemas que afetam a produtividade.

“Um dos grandes problemas está fora da empresa, no ambiente de negócios. Esse trabalho nos dará diagnóstico das barreiras foras da fábrica. Nós sabemos quais são: principalmente a burocracia e uma carga tributária irracional”, disse.

Setores

No primeiro momento do programa, será dada prioridade aos seguintes setores: metalmecânico, vestuário, calçados, moveleiro, alimentos e bebidas. Já testado pela CNI com 18 empresas no Sul e no Ceará, contabilizou-se, em média, um aumento de 48% de produtividade e redução de 21% dos custos de produção.

O ministro Armando Monteiro disse que o País precisa de uma política industrial que aumente a competitividade. “Tendo a indústria no centro da estratégia de desenvolvimento do País, é fundamental uma aliança entre o setor privado e o público para elevar a competitividade da economia brasileira. Não um pacto de proteção, ou um pacto que admita a ineficiência”, destacou.

SERVIÇO

Inscrições para o Movimento Brasil Produtivo

Onde: http://bit.ly/1N9yaaU

Saiba mais

Principais resultados alcançados no projeto piloto

Retorno financeiro entre oito e 108 vezes o valor investido pelas empresas, que no caso do projeto piloto foi de R$ 18 mil por empresa

42% de aumento de produtividade, em média

41% de ganho em qualidade do processo produtivo, em média

21% de redução de custo de produção

Fonte: O Povo