BNDES financia R$ 254 milhões para parques eólicos no CE
Cinco usinas eólicas serão construídas em São Gonçalo do Amarante e em Amontada, todas no Litoral Oeste
O financiamento de R$ 254 milhões para a construção de cinco usinas eólicas no Ceará foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ontem. O valor financiado equivale a 50,2% de um total de R$ 503 milhões.
As centrais são dividas em: Complexo Icaraí (Central Geradora Eólica Icaraí I S/A e Icaraí II S/A) em Amontada; e Complexo Taíba (Central Geradora Eólica Taíba Águia S/A, Central Eólica Geradora Taíba Andorinha e Central Geradora Eólica Colônia S/A) em São Gonçalo do Amarante, ambos no Litoral Oeste do Ceará.
A Ventus Energias Renováveis S.A foi a vencedora do leilão de energia de reserva de 2009 e controla as usinas que têm capacidade de 121,8 MW, distribuída em Icaraí com 61,5 MW e na Taíba com 57,6 MW.
Os parques eólicos contam com 58 aerogeradores fornecidos pela Suzlon Energia Eólica do Brasil e estão conectados ao sistema de distribuição da Chesf. O cenário brasileiro é favorável à implantação de novas usinas.
De acordo com Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o potencial eólico do país aumentou em função do emprego das novas tecnologias. “Tínhamos 143 GW (gigawatts) em 2001. Com as torres de 100 metros esse potencial saltou para 350 GW em pouco tempo” afirmou ela.
O Ceará é um dos estados com os maiores investimentos do setor, destaca Elbia. “Estamos com 102 parques no Ceará, o que corresponde a 2.6 GW de capacidade instalada. Operando, temos 45 parques, com 1.200 MW (megawatts). O estado cresce na linha da geração de energia limpa”, considera.
Mercado
O Brasil se tornou o 13° maior usuário de energia eólica do mundo após instalar 1,3 GW (gigawatts) e alcançar a capacidade total de 4,7 GW. É o que diz o relatório Half-year Report 2014 publicado pela Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA).
Com uma taxa de crescimento de 38,2% durante o primeiro semestre de 2014, o Brasil é o 3° maior mercado de turbinas eólicas, depois da China e da Alemanha e à frente dos EUA e da Índia.
De acordo com o relatório, o País agora representa 7% de todas as vendas de turbinas. Outros países da América Latina estão emergindo no mercado eólico, mas em um nível mais baixo.
O BNDES possui, atualmente, uma carteira com 51 projetos de financiamento de geração eólica, totalizando 5,5 mil MW e investimentos de R$ 25 bilhões.
SERVIÇO
Saiba mais sobre o Potencial Eólico Brasileiro
Onde: http://bit.ly/1sKFAKK
Fonte: O Povo