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Publicado em: 04/10/2013

Categoria

Bancários fecham auto-atendimentos da Caixa Econômica em Fortaleza

04/10/2013.

Categoria tomou decisão nesta quinta-feira após um desentendimento com o presidente da CEF. Também nesta quinta, a OAB informou que pedirá ao sindicato dos bancários que sejam mantidos os serviços judiciários

Em greve há 14 dias, os bancários do Ceará resolveram nesta quinta-feira, 3, fechar os serviços de auto-atendimentos da Caixa Econômica Federal (CEF) em Fortaleza, que ainda continuavam a funcionar apesar da paralisação. A categoria justificou o agravamento da paralisação por conta de um suposto desentendimento com o presidente da CEF, Jorge Hereda, que esteve em Fortaleza nesta quinta- e não teria recebido uma comissão formada por representantes do sindicato do bancários.

"O presidente da Caixa se recusou a receber a comissão de trabalhadores, mas recebeu um grupo de empresários do ramo da construção civil. O presidente da Caixa mostra seu total descompromisso com os trabalhadores e com a sociedade”, disse o diretor do sindicato, Marcos Saraiva.

Segundo o sindicato, o auto-atendimento dos bancos não faz parte dos "serviços essenciais" e o seu fechamento está "dentro da lei". Em outro sinal de insatisfação com as negociações, os grevistas fecharam nesta quinta unidade da CEF na avenida Pessoa Anta e prometeram fechar também a Superintendência da Caixa. Ainda de acordo com o sindicato, estas ações vão continuar em todas as agências da Caixa até o fim da greve. O POVO Online tentou contato com assessoria da CEF, mas não obteve retorno.

OAB-CE

Por meio de nota em site oficial, a Ordem dos Advogados do Brasil – secção Ceará (OAB-CE) pediu que sejam mantidos os serviços nas agências que atendem ao Poder Judiciário. A OAB-CE informou que o presidente do órgão, Valdetário Monteiro, enviará ofício na manhã desta sexta-feira ao presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Eduardo Bezerra, para que sejam mantidos serviços para recebimento de valores determinados pela justiça. Entre os pagamentos não efetivados estão aposentadorias, auxílios doença, salários maternidade e precatórios.

“A OAB está preocupada com os descumprimentos das decisões judiciais para a liberação de alvarás de natureza alimentar, o que prejudica pessoas que têm o direito e que, normalmente, precisam muito do dinheiro”, disse Valdetário Monteiro.

Informada pela reportagem sobre o ofício, o sindicato informou que irá esperar o documento chegar ao conhecimento da categoria, para que na próxima terça-feira, possa apreciar o pedido em assembleia com os trabalhadores.



Fonte: Jornal O Povo