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Publicado em: 07/03/2016

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ATÉ 2018 - Conta do ajuste fiscal sobe para R$ 360 bi

São Paulo. Em 2015, quando o governo assumiu que precisava conter gastos, anunciou que a meta, naquele ano, era cortar R$ 70 bilhões e fazer um superávit primário (economia para pagar o juros da dívida) equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa era uma proposta razoável para dar conta de uma dívida de 57% do PIB.

A história que se viu, porém, foi bem diferente. A arrecadação caiu, mas as despesas não param de subir. As metas de superávit viraram previsões de déficits. "Só é possível resolver o problema com uma reforma estrutural que mude a regra do gasto", diz o economista José Luis Oreiro, professor da UFRJ.

Essa reforma estrutural deve recair sobre itens sensíveis do Orçamento: Previdência, Saúde, Educação, gastos sociais em geral Seus benefícios levariam alguns anos para se materializarem, mas a simples perspectiva de mudança teria o efeito imediato de recuperar a confiança em relação à saúde financeira do Estado brasileiro.

A reforma depende de consenso político, votação no Congresso e apoio popular. "A paralisia que tomou conta do ambiente político complica o cenário", diz o economista Mansueto Almeida. Pelas contas dele, como algumas instituições já projetam que a dívida bruta pode ir a 90% do PIB em 2018, apenas para conter a sua alta, o País precisará fazer nos próximos três anos um superávit primário de 6% do PIB. Terá de economizar R$ 360 bilhões - cinco vezes mais que o previsto em 2015.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste