APÓS TRÊS MESES - Criação de empregos volta a crescer no País
Número apontam crescimento de vagas de trabalho em março de 47% em relação ao mesmo período de 2014 após quedas nos últimos três meses
Depois de três meses consecutivos em queda, a geração de empregos formais no país voltou a crescer em março com a criação de 19.282 novos postos de trabalho formal. O dado representa um crescimento de 0,05% em relação ao mês anterior, quando havia sido registrado fechamento de 2.415 vagas, e 47% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No acumulado do ano, o resultado ficou negativo (-0,12%) com queda de 50.354. No acumulado dos últimos 12 meses, o Caged registrou redução de 48.678 postos de trabalho formal. O resultado do mês de março de 2015 é melhor do que o obtido no mesmo mês do ano passado (13.117).
O resultado positivo para o mês de março deste ano decorre da diferença entre o total de trabalhadores admitidos (1.719.219) e o total de demitidos (1.699.937). No ano, foram admitidos 5.088.689 trabalhadores com carteira assinada e demitidos 5.139.043.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o resultado negativo no acumulado do ano preocupa. Ele ressaltou, no entanto, que o país começa a se recuperar da crise. “O que nos mostra o resultado de março é que nós começamos uma recuperação e abril será melhor” ressaltou.
Novos empregos
No quesito criação de emprego, as regiões Norte e Nordeste foram as únicas que apresentaram retratação. O Nordeste registrou -19.138, e variação de -0,28%.
O Ceará mostrou leve queda durante o mês de março, com -0,03%. Foram 41.701 admissões e 42.058 desligamentos.
Para o analista de mercado de trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Erle Mesquita, tanto na comparação mensal como anual, os dados mostram uma relativa estabilidade e a geração de empregos tende a continuar tanto em nível nacional como estadual.
“Temos um ciclo vicioso em que os empresários investem menos e temos uma menor possibilidade de contratação. Por mais que o resultado não tenha sido positivo no Ceará, foi relativamente baixo para todo o terreno nacional”, diz Erle.
A pesquisa ainda mostra que nos meses de março, a evolução de empregos no Ceará, nos últimos 23 anos (1992 a 2015), soma 18 resultados negativos. Erle explica que a redução é natural tendo em vista que março costuma gerar muitas demissões.
No acumulado do ano, o Nordeste foi a única região que apresentou resultados negativos em todos os Estados, com queda de 76.626. No período, o Ceará apresentou queda de 8.525 vagas.
Esse resultado implica na colocação do Ceará como o terceiro Estado do Nordeste com número mais baixo no acumulado de 2015 abaixo de Bahia e Pernambuco.
Nos últimos 12 meses, o saldo foi positivo no Ceará, com crescimento de 2,97%, representando um saldo de 35.292. (Giovania de Alencar, especial para O POVO, com agências)
Fonte: O Povo