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Publicado em: 28/01/2013

Fazenda: Secretário Geral do Fonacate aponta vantagens da carreira

“Como nas demais carreiras de Estado, estabilidade e bom nível salarial são fatores atrativos. Com os ganhos da campanha salarial de 2012, os futuros analistas já entrarão com remuneração 5% a maior do que o divulgado no edital.”

28/01/2013

O concurso da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) representa uma grande oportunidade para quem deseja construir uma carreira pública, pois estão em disputa 255 vagas para analista de finanças e controle, que requer nível superior em qualquer área de formação. Além disso, o concurso para o órgão, que está com inscrições abertas, tem atraído os olhares de muitos interessados, principalmente em função da estabilidade e boa remuneração.

Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) e secretário geral do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei dos Santos Marques, deu detalhes da carreira, que considera uma das mais atrativas do serviço público. Ele destacou os inúmeros benefícios proporcionados pelo órgão, além da possibilidade de ascensão profissional. Além disso, ressaltou a importância de concursos periódicos para manter o bom funcionamento da STN, tendo em vista que o quadro de servidores do órgão está bastante defasado.

FOLHA DIRIGIDA- Quais são as principais reivindicações do Sindicato?

Rudinei dos Santos Marques - A carreira de Finanças e Controle, criada em 1987, está presente na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e na Controladoria-Geral da União (CGU). Os cargos de analista e técnico de finanças e controle que a compõem são preenchidos a partir de concursos específicos para cada órgão. Nos últimos dez anos houve considerável incremento nas funções da STN e da CGU, o que exige uma reestruturação da carreira, com redefinição de atribuições e novas nomenclaturas para os dois cargos.

O concurso da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vinculada ao Ministério da Fazenda, destina-se ao preenchimento de 255 vagas de analista de finanças e controle (AFC), com exigência de nível superior em qualquer área. Qual a importância dessa seleção para a STN?

A STN é responsável pela administração financeira e contábil da União, pela gestão da dívida pública (interna e externa) e execução da política fiscal. Cuida também do Tesouro Direto e das aplicações do Fundo Soberano. Para tanto, precisa contar com um quadro altamente qualificado e comprometido com o serviço público. Essa seleção é fundamental para a reposição de servidores, garantindo, assim, o atendimento das crescentes responsabilidades do órgão.

O quantitativo de 255 vagas é insuficiente para atender às necessidades do órgão? Caso contrário, qual seria o número ideal?

O atual concurso preencherá as necessidades de reposição do momento, mas é fundamental a realização de concursos periódicos.

O senhor tem informações sobre a atual situação do quadro de pessoal da Secretaria do Tesouro Nacional? Na sua visão, há carência de pessoal? Possui números?

Gerir as finanças públicas de um país com a 6ª economia do planeta é um desafio gigantesco. Além disso, deve-se considerar a transversalidade da gestão econômico-fiscal em todas as áreas do governo, o que faz com que os servidores do Tesouro, dada sua especialização, sejam requisitados por outros ministérios e pela própria Presidência da República. O quadro atual de cerca de 900 servidores, dos quais 1/3 exerce atividades em outros órgãos, está bastante defasado. A área responsável pelas operações de crédito de estados e municípios, que atende as demandas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as transferências intergovernamentais, está entre as mais carentes.

Há necessidade de concurso para outros cargos?

A STN não faz mais concursos para o cargo de técnico de finanças e controle desde a década de 90, o que consideramos um erro, pois no órgão existem atividades de média complexidade que poderiam estar sendo desempenhadas por técnicos, liberando os analistas para atividades mais complexas ligadas à formulação e execução da política fiscal. O mesmo ocorre com atividades administrativas e operacionais que não ensejariam a alocação de uma mão-de-obra altamente qualificada na área econômica e contábil, com é o caso dos analistas. O Sindicato está lutando pela revitalização do cargo de técnico, de forma a aprimorar a aplicação dos recursos públicos no gasto com pessoal.

Para aqueles que pretendem participar do concurso, mas não conhecem bem as atribuições do cargo, o senhor poderia explicar, em linhas gerais, como é o dia a dia de um analista de finanças e controle?

A maioria dos analistas da STN atua no edifício anexo do Ministério da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios. Há um grande escopo de atribuições. Para cada perfil, com base na gestão por competências, há um local mais indicado. A STN é um órgão estratégico, com grande importância para o país, e conta com várias subsecretarias. Os analistas da área da Dívida Pública, por exemplo, são responsáveis por análises de cenários e estimativas sobre os valores e quantidades de títulos públicos necessários para financiar o Estado. Os da área de Relações Financeiras Intergovernamentais atuam desde a verificação de limites e condições para que os estados e municípios contratem operações de crédito, até a análise do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal. Os da Subsecretaria de Política Fiscal acompanham, por exemplo, as empresas estatais controladas pela União e fazem análises econômico-financeiras dos projetos do PAC. Na Área de Estudos Econômicos, são responsáveis pela publicação de relatórios sobre a conjuntura econômica e gerem o Fundo Soberano do Brasil. A área de Contabilidade abrange ao mesmo tempo o órgão central de contabilidade da União e a coordenação responsável pela normatização da Contabilidade Pública para todo o país, de acordo com padrões internacionais.

O senhor ingressou como AFC em qual concurso? O que mudou na sua vida após ter ingressado na STN?

Assumi como AFC da Controladoria Geral da União (CGU) em 2002. A partir de então, desempenhei todas as atividades ligadas ao controle da aplicação dos recursos públicos federais, auditorias de recursos externos, operações especiais, dentre outras. O setor público nos dá uma oportunidade singular de servir ao país, pois nosso aperfeiçoamento e dedicação se revertem em prol de toda a sociedade. Tenho absoluta convicção de que os analistas da STN compartilham esse ponto de vista.

Quais são, na sua visão, as principais vantagens da carreira?

Como nas demais carreiras de Estado, estabilidade e bom nível salarial são fatores atrativos. Com os ganhos da campanha salarial de 2012, os futuros analistas já entrarão com remuneração 5% a maior do que o divulgado no edital. Além disso, os servidores do Tesouro são muito identificados com a instituição e têm orgulho do que fazem, pois sabem que a consolidação econômica e a solidez fiscal do país refletem positivamente na vida de todos os brasileiros. Então, temos a vantagem de um bom emprego, por meio do qual podemos melhorar as condições de vida de toda a sociedade. Vale registrar que a STN tem um excelente programa de capacitação, que financia, por exemplo, mestrado, especialização e cursos específicos, mantendo parcerias com FMI, Esaf e outras entidades. Além disso, os cargos em comissão são, em grande maioria, preenchidos por meio de seleção interna, por critérios meritocráticos e objetivos. Quem demonstra comprometimento com a Instituição e com a carreira tem grandes chances de ocupar cargos de direção e assessoramento.

Antes de fazer concurso para AFC, o senhor já tinha feito outros? Chegou a desempenhar alguma função pública em outro órgão?

Boa parte dos servidores da Casa vem com alguma experiência profissional em outros órgãos públicos ou no setor privado. Particularmente, passei pelo Banco do Brasil e Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Como foi sua rotina de estudos até conseguir a sua vaga de AFC? Qual o segredo do sucesso para ser aprovado em um concurso deste porte, que reúne milhares de candidatos de todo o país?

É importante ter alguma afinidade com a área, seja por meio de formação acadêmica, experiência profissional ou interesse pessoal, especialmente com contabilidade, finanças públicas e economia. Mas o decisivo para aprovação em qualquer concurso público é a força de vontade e a perseverança.

Há alguma consideração final que o senhor queira fazer? Qual mensagem pode dar para aqueles que vão participar do concurso?

Posso assegurar que este é um concurso que vale a pena dedicar-se de corpo e alma. Brasília é uma cidade linda, com elevada qualidade de vida. E a STN é um órgão de excelência na Administração Pública Federal. O quadro de servidores é extremamente qualificado e existem muitas oportunidades de crescimento profissional. Nosso sindicato é um dos mais atuantes e combativos na área federal, o que é fundamental para a defesa de prerrogativas da carreira e para a manutenção do patamar remuneratório. Desejo bons estudos a todos que vão prestar o concurso!

Fonte: Fonacate