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Publicado em: 11/10/2013

Emoção e altruísmo em mais uma ação solidária do Affego-Fraterna

11/10/2013.

Quando a vida de uma pessoa é marcada violência doméstica, muitas vezes é o amor desinteressado de um estranho, a atenção que não pede nada em troca, um apoio em que as vítimas encontram forças para superar seu trauma.

Assim tem sido a rotina das dezenas de mulheres, adolescentes e crianças abrigadas no Centro de Valorização da Mulher Consuelo Nasser (Cevam). Na manhã desta quinta-feira, 4, funcionários, voluntários e internos do Centro receberam a solidariedade que tanto faz a diferença em forma de doações realizadas pela Affego. Foram entregues alimentos, lençóis, toalhas e equipamentos de higiene diversos para abastecimento do espaço.

As colaboradoras Lucy de Albuquerque (Diretora-Adjunta do Affego-Saúde), Inêz Gomes e Maria do Socorro (ambas do Departamento Social), foram conhecer a realidade do Cevam e levar àquelas mulheres e crianças o fruto do altruísmo dos affegueanos – que doaram, doam, e são os principais responsáveis pela gratidão estampada nos rostos que convivem diariamente no Centro. Com a parceria dos associados, a Affego pode contribuir para suavizar um pouco vidas tão marcadas pela violência.

Quem recebeu as colaboradoras foi a presidente do Centro, Maria Cecília Machado. Com garra espontânea e um carinho especial por cada interno, ela se torna a mãe, a avó, a tia, irmã, amiga e conselheira para aqueles que têm no Cevam um novo lar. Maria Cecília fez questão de apresentar o Centro mais de perto a Lucy, Inêz e Socorro. Nele, a rotina de crianças, adolescentes e mulheres vítimas de maus tratos ganha um significado para além da violência: o companheirismo e a amizade capazes de reconstruir vidas.

Mulheres, adolescentes e crianças em superação

O Centro de Valorização da Mulher Consuelo Nasser foi batizado com parte do nome de sua fundadora, Conselo Nasser. Há 30 anos ela criou a ONG capaz de fazer diferença para as vítimas de violência. “Já se passaram mais de 32 mil famílias aqui pelo Cevam. Nosso trabalho envolve dar a elas [às vítimas] uma razão para voltarem a confiar no ser humano, voltarem a amar”, revela a presidente Maria Cecília.

De fato, tudo é feito para que os internos tenham uma vida o mais normal possível. As crianças e adolescentes – maioria – brincam, vão à escola, têm acesso a um parquinho dentro do próprio Cevam e são educados sempre no sentido da superação. Encaminhas ao Centro pelo Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, são inseridas num ambiente de amor e carinho cujo objetivo é fazê-las sentirem-se novamente no seio de uma família. A passagem pela entidade dura até que elas encontrem um novo lar, por meio da adoção.

As adultas recebem o acompanhamento e a proteção necessárias contra os antigos parceiros. Enviadas ao Centro pelas diversas Delegacias de Defesa e Proteção da Mulher, elas podem ficar no espaço o tempo que precisarem, mas, segundo Maria Cecília, costumam não ficar muito. “Geralmente elas saem [do Cevam] para ficar na casa de um outro parente, uma mãe, uma tia, por exemplo”, informa a presidente.

Affego-Fraterna, a diferença

Apesar do fluxo, o Cevam nunca fica vazio. Sinônimo de que a violência doméstica é, infelizmente, um realidade ainda muito presente na vida dos brasileiros. Uma pesquisa feita pelo Data Popular em parceria com Instituto Patrícia Galvão, por exemplo, aponta que, para 70% da população do país, mulheres, adolescentes e crianças têm mais chances de sofrer violência em casa do que em espaços públicos.

A maioria destas vítimas só encontra alívio dos abusos quando sai de casa. É aí que espaços como o Cevam são de suma importância. Na rotina destes espaços, iniciativas filantrópicas como a da Affego são questão de sobrevivência. “Nos sustentamos por meio de doações de todo tipo, recebemos qualquer ajuda e fazemos parcerias para fortalecermos nossa ONG”, informou a Maria Cecília.

A gratidão dela pela Affego não cabia em palavras. Comovida com as doações recebidas, a presidente recorreu a Deus, pedindo que Ele pudesse recompensar a Associação para que nunca faltassem recursos necessários ao auxílio de espaços como o centro. “Que Deus abençoe vocês pela iniciativa”, foram as palavras da presidente. A verdade é que a Affego conta com parceiros muito especiais nesta empreitada altruista: os affegueanos. Se depender deles, as vítimas nunca estarão sozinhas.

 

Fonte: Affego