Demandas do CIPP serão debatidas na Assembleia
Será iniciada, hoje, prosseguindo até o próximo dia 7 de agosto, uma série de debates visando encontrar soluções para os diversos desafios que a implantação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) origina. Para isso, o Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa (Caeae) promove a primeira oficina, às 8h30 de hoje, nas salas A e B do 30 andar do Edifício José Euclides Ferreira Gomes, anexo II, na Rua Barbosa de Freitas. O tema principal do evento será “Elaborar e implantar um plano de gestão ambiental integrado e participativo que assegure a sustentabilidade do CIPP”. As demais reuniões sobre a região do complexo portuário, envolvendo o poder público e a iniciativa privada, continuarão acontecendo nos próximos dias, sempre no mesmo horário.
As oficinas terão como temas gestão ambiental integrada; políticas sociais para a dinâmica populacional da área do CIPP e entorno; infraestrutura básica; políticas de atração, fixação e fortalecimento de cadeias produtivas no Estado; descompasso entre oferta e demanda de mão de obra, bens e serviços. Integração do planejamento dos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia com o CIPP; e o aperfeiçoamento do sistema de gestão com capacidade para desenvolver uma gestão compartilhada, são outras discussões importantes que serão levadas a efeito.
DEMANDAS
Estas demandas surgiram durante o I Encontro Estadual do Pacto pelo Pecém, em continuidade ao trabalho divulgado no documento “Cenário Atual do Complexo Industrial e Portuário do Pecém”, lançado em maio deste ano. O próximo passo será a elaboração de uma agenda propositiva, a ser referendada até o final deste ano, no II Encontro Estadual, para efetivar o potencial de desenvolvimento sustentável do entorno do CIPP e das oportunidades para o Estado. A coordenação de implementação das ações ficará a cargo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (Cede), com apoio técnico, metodológico e administrativo do Conselho de Altos Estudos da Assembleia.
Afinal, com o grande número de empresas de porte que já estão ou pretendem se instalar naquela região portuária do Litoral Oeste do Ceará, existe uma preocupação intensa com relação ao oferecimento de serviços e infraestrutura básica aos operários que trabalham nas obras. Somente na construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que está em andamento, são mais de sete mil empregados. E, no pico da obra, este número deve subir para mais de 15 mil. O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Cláudio Pinho, revelou, em recente entrevista ao jornal O Estado, que a população de seu município – atualmente cerca de 45 mil pessoas –, deverá chegar a 100 mil nos próximo cinco ou seis anos. E todas elas precisarão de uma série de serviços públicos, especialmente saúde, educação, moradia e segurança pública. Mas também água, luz, saneamento básico, dentre outros.
Fonte: O Estado Online (Jornal O Estado do Ceará)