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Publicado em: 28/08/2014

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PACOTE IMOBILIÁRIO - Quem se beneficia com novas regras

Algumas medidas anunciadas pelo governo na semana passada podem dar mais força ao setor imobiliário. Desde a simplificação da papelada exigida na compra e venda de imóvel até a criação de linhas específicas de crédito com juros mais baixos. Essas novidades ainda não estão em vigor, mas farão parte de uma Medida Provisória a ser apreciada e aprovada pelo Congresso. A mais interessante delas deve facilitar a compra de um imóvel e trazer um alívio efetivo no orçamento de quem não está conseguindo pagar suas dívidas e já possui um imóvel.

Quem estiver nessas condições, e não deve ser pouca gente, poderá recorrer a financiamentos mais baratos, a ser feitos com os recursos captados em caderneta de poupança. Em tese, como a caderneta remunera o investidor com juro de 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, os bancos terão condições de emprestar esse mesmo dinheiro, na aquisição de imóvel, cobrando juros inferiores aos atuais, entre 10 e 11% ao ano. Além disso, como o imóvel é oferecido como garantia, o risco do banco é menor, possibilitando uma redução ainda maior dos juros do empréstimo.

Perceba que, com isso, será possível obter um financiamento para acertar e equilibrar o orçamento, liquidando as dívidas por um custo mais baixo. Na prática, haverá uma troca de dívida que esteja cobrando juros mais altos por essa nova linha de crédito. O problema que costuma gerar esse tipo de empréstimo é que se o devedor não tiver condições de bancar as prestações poderá perder o imóvel.

Simplificação

Atualmente, alguém que se candidate a um financiamento de imóvel enfrenta muita burocracia e fica sujeito a uma maratona percorrendo cartórios para obter certidões e reconhecer firmas. Uma das medidas a ser propostas ao Congresso prevê que todo esse processo seja resolvido em um único cartório. Sem dúvida, isso deverá facilitar a vida do interessado, mas não tende a ser decisivo na compra do imóvel.

Outros fatores

Manutenção de emprego e renda, inflação em alta e condições de pagamento do financiamento por um prazo mais longo. Esses tendem a ser os fatores que mais devem pesar na decisão de um candidato interessado na compra de imóvel.

Não basta considerar apenas o valor do imóvel, sem pensar nos gastos relacionados à aquisição, como tributos, taxas de corretagem, cartoriais e bancárias. Um ponto importante são os chamados custos indiretos, como as despesas com o IPTU, condomínio, no caso de apartamento, transportes e manutenção do imóvel. Por não se planejarem e pensarem nessas despesas extras, muitos consumidores se tornam inadimplentes, o que coloca em risco o próprio imóvel.

Fonte: Diário Online (Jornal Diário do Nordeste)