R$ 9,3 BI NO ESTADO - Atividade econômica impacta arrecadação
Esse montante poderia ser até bem maior, não fosse a recessão técnica e a seca, segundo o secretário da Fazenda
A "recessão técnica" - termo adotado por grupos de economistas para adjetivar a retração econômica registrada no País - e a seca que já perdura três anos, já começaram a impactar as contas do governo do Ceará. Neste ano, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) deve encerrar dezembro com arrecadação tributária em torno de R$ 9,3 bilhões, montante que poderia ser até bem maior, não fosse a queda no ritmo da atividade econômica no Estado e no País, nos últimos meses.
Segundo revelou ontem o titular da Sefaz, João Marcos Maia, o incremento da arrecadação tributária em 2014 deverá oscilar entre 10% e 11%, sobre os R$ 8,5 bilhões recolhidos dos contribuintes estaduais em 2013. No ano passado, os tributos cresceram 13,8%, em relação ao exercício anterior.
Retração econômica
"Esse recuo na arrecadação deste ano é reflexo das dificuldades porque passa a atividades econômica, da recessão técnica", explicou o secretário. O impacto da arrecadação também deverá impactar no montante de recursos a serem investidos em 2014.
Conforme Maia, dificilmente a meta anunciada no início do ano, de R$ 4 bilhões em investimos, será alcançada até dezembro. "Nossa projeção inicial era investirmos este ano, R$ 4 bilhões, mas dificilmente alcançaremos este montante", confirmou o secretário.
Ele ressaltou, no entanto, que mesmo diante da crise econômica e da estiagem que assola o Nordeste, o Ceará mantém a 4ª colocação entre todos os Estados brasileiros, em termos de investimentos absolutos, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nessa ordem.
Saúde financeira
"Somos o maior estado em montante de investimentos relativos", afirmou Maia, ao garantir que o próximo governador vai encontrar o Estado equilibrado e com as contas do governo em completa harmonia fiscal. "Cumprimos com todas as metas do programa (nacional) de ajuste fiscal", assegurou Maia.
De acordo com ele, a dívida pública consolidada, hoje em torno de R$ 3,7 bilhões, representa apenas 26,4%, dos R$ 14 bilhões da Receita Corrente Líquida do Estado, percentual que permitirá ao futuro governante ampliar, com segurança, o nível de endividamento público.
"Este é o Estado que vamos entregar, com saúde financeira e responsabilidade fiscal", declarou Maia, após o lançamento do e-book, um compêndio eletrônico de vários artigos técnicos sobre educação fiscal e tributária, escritos por economistas de vários estados. A primeira edição foi lançada ontem, em comemoração aos 15 anos do Programa de Educação Fiscal.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste