PARLAMENTARES AUSENTES - AL: plenário vazio após a campanha
Em determinado momento, só o orador e um outro deputado estão no espaço das sessões ordinárias
Terminadas as eleições proporcionais e retomado o ritmo regular da Assembleia Legislativa, com quatro sessões ordinárias semanais após dois meses de recesso branco, as sessões continuam a acontecer sem a assiduidade da maioria dos parlamentares. No final da manhã de ontem, houve um momento em que apenas dois parlamentares estavam no plenário: Professor Pinheiro (PT), que discursava na tribuna, e Dedé Teixeira (PT), que presidia a sessão.
De 46 deputados, 15 não declararam presença na sessão de ontem. Às 10h40, embora o painel registrasse a presença de 28 parlamentares na Casa, apenas 12 deputados estavam no plenário. Eram eles: Carlomano Marques (PMDB), Dedé Teixeira (PT), Fernanda Pessoa (PR), Ferreira Aragão (PDT), José Sarto (PROS), Júlio César (PTN), Lula Morais (PCdoB), Manoel Duca (PROS), Mauro Filho (PROS), Roberto Mesquita (PV) e Welington Landim (PROS),
Quarenta minutos depois, ao final do primeiro expediente, apenas seis acompanhavam os pronunciamentos no Plenário 13 de Maio: Dedé Teixeira, Carlomano Marques, Fernanda Pessoa, Lula Morais, Manoel Duca e Professor Pinheiro. Os deputados que registram presença e permanecem no recinto da Assembleia preferem ficar fora do plenário ainda conversando sobre os resultados eleitorais de cada um deles.
No plenário só ficam os interessados no pronunciamento de alguns dos colegas, principalmente se um deles é da oposição. Ontem, por exemplo, a fala do deputado Roberto Mesquita, contestando a fala de petistas e criticando a administração do governador Cid Gomes, foi o que mais chamou a atenção, tanto que mereceu respostas de alguns governistas, inclusive de Mauro Filho, que disse estar Mesquita desinformado quanto às obras hídricas construídas na atual gestão estadual.
Prioridade
O deputado Roberto Mesquita (PV), em seu pronunciamento, ontem, na Assembleia Legislativa, criticou a inversão de prioridades do Governo Cid Gomes e disse que o governador do Estado "atende a Deus e ao diabo" nas políticas que são empreendidas em sua gestão. Dedé Teixeira (PT), por outro lado, em defesa da atual administração, afirmou que as políticas adotadas pelo gestor foram as mais acertadas da história, principalmente, no que diz respeito ao abastecimento de água no Ceará.
Segundo disse Mesquita, é obrigação do governador cuidar das pessoas, no entanto, para ele, o governador Cid Gomes "atende a Deus e ao diabo", quando é um gestor eficiente em algumas obras de interesse para a população e acaba por esquecer outras, dando privilégio a intervenções que não beneficiarão a maior parte da população.
Segundo o deputado, aproveitando pronunciamento anterior do deputado Carlomano Marques, deixou de investir R$ 400 mil para a construção de açude no Município de Solonópole. Apesar de elogiar alguns feitos, Mesquita disse também que quem não disser "amém" e acatar as ordens do Governo recebe todo e qualquer tipo de adjetivo. Para o deputado, "o Governo tem sido incompetente no que diz respeito à política de abastecimento de água", atacou.
Fonte: Diário do Nordeste