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Publicado em: 22/01/2015

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Líder do governo não acredita que ajuste fiscal influencie votações

O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Henrique Fontana (PT-RS), defendeu os ajustes anunciados nesta semana pela equipe econômica do Executivo e disse não acreditar em influência desse pacote de medidas sobre as votações no Congresso, a partir de fevereiro. As declarações foram feitas em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (21) na Câmara.

Quanto ao ajuste fiscal, com aumento de impostos, divulgado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na segunda-feira, o líder afirmou que as medidas estão de acordo com a política econômica da presidente Dilma de valorização de emprego e renda. Esse ajuste está sendo feito via decreto e pode aumentar a arrecadação do País em R$ 20 bilhões.

Parlamentares da oposição, por outro lado, já manifestaram repúdio às ações do governo. Para o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), por exemplo, mais eficiente que elevar tributos seria o Planalto diminuir a máquina estatal. "Não podemos concordar com esse ‘pacote de maldades’, que recria e aumenta impostos. Dilma fez benesses com chapéu alheio e agora a conta está voltando muito mais salgada para o povo brasileiro pagar", declarou.

Na coletiva, Fontana defendeu o complemento do ajuste por meio da aprovação das medidas provisórias (664 e 665, ambas de 2014) que tramitam no Congresso com alterações na concessão da pensão por morte e do seguro-desemprego, com previsão de economia de R$ 18 bilhões. As MPs também têm recebido críticas da oposição.

Quanto ao reajuste da incidência de PIS/ Cofins e da Cide sobre os combustíveis que deve elevar o preço do litro da gasolina em R$ 0,22, o líder do governo argumentou que foi uma saída encontrada para melhorar a arrecadação sem diminuir o ritmo de investimentos.

Eleição

Fontana manifestou ainda a expectativa de que a atual disputa pela presidência da Câmara (a eleição será realizada no dia 1º de fevereiro) não deixe sequela na base aliada. Entre os postulantes ao cargo estão dois governistas: Arlindo Chinaglia, do PT, e Eduardo Cunha, do PMDB.

Sobre a articulação da oposição com o intuito de criar nova CPI para investigar as irregularidades na Petrobras, o líder reafirmou a posição contrária do governo, com o argumento de que a investigação está em curso pela Polícia Federal, Ministério Público e Justiça. “Prefiro trocar o espaço ocupado por uma eventual nova CPI da Petrobras por um Parlamento que se debruce sobre a reforma política”, comentou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias