AJUSTE FISCAL - Sindicatos criticam "pacote de maldades" de Levy
Se em relação ao governador Camilo Santana, os dirigentes sindicais se mostram mais receosos em tecer avaliações, esse problema se reduz quando se trata do início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).
De acordo com o Francisco Pereira, vice-presidente da CUT-Ceará, “os movimentos sociais foram pegos de surpresa” pelas medidas provisórias 664 e 665, que alteram o acesso a direitos previdenciários como o seguro-desemprego e a pensão por morte. “Nós estamos chamando isso de ‘pacote de maldades’”, diz.
Zé Batista, da CSP-Conlutas, também critica as medidas. Ele avalia que o rombo nas contas públicas foi causado pelas renúncias fiscais do governo – como o IPI, por exemplo – que, de acordo com o sindicalista, foram voltadas para benefício dos empresários. Agora, o governo estaria tentando consertar, à custa dos trabalhadores, “um rombo que os trabalhadores não fizeram”.
Os dois dirigentes afirmam que as centrais sindicais irão mostrar seu desacordo com as medidas através de um dia nacional de paralisações, marcado para o próximo dia 28. No Ceará, devem ser mobilizados setores como construção civil, servidores públicos, vigilantes e rodoviários.
Desde que tomou posse no posto de ministro da Fazenda, Joaquim Levy vem protagonizando um esforço para cortar gastos do governo, o que tem colocado o Planalto em rota de colisão com sindicatos e movimentos sociais, para os quais Dilma está jogando os custos dos ajustes fiscais nas costas dos setores mais fragilizados da sociedade. As críticas tem vindo até mesmo da própria base aliada e do próprio partido do governo. (Renato Sousa)
SERVIÇO
Ato contra pacote econômico
Quando: 28/jan, 8 horas
Onde: SRTE. R. 24 de Maio, 178
Fonte: O Povo