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Publicado em: 29/01/2015

O papel do cuidador e o Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD)

O atendimento da equipe de saúde no ambiente familiar é, comprovadamente, um dos maiores benefícios que a Atenção Domiciliar proporciona aos pacientes, afinal, neste ambiente humanizado, marcado pela convivência com parentes e amigos, há melhor prognóstico de tratamento, além do menor risco de complicações clínicas, previne internações desnecessárias e infecções.

É importante destacar, entretanto, que o sucesso deste atendimento, por melhor e mais completa que seja a estrutura disponibilizada pela Afrafep-Saúde para este serviço, também está diretamente relacionado à interação da família neste processo e, principalmente, à figura do cuidador responsável.

A conscientização da família quanto à sua responsabilidade é imprescindível para o futuro do tratamento, pois a assistência domiciliar não deve ser compreendida como uma modalidade permanente, e sim como a prestação de serviços que será reduzida conforme a melhora clínica e a melhor adaptação do paciente, da família e do cuidador.

O fato é que nem todo paciente doente ou acamado que se interna necessita da assistência de um profissional de enfermagem 24 horas. Se num primeiro momento, um paciente necessita de procedimentos técnicos continuados e dos serviços de enfermagem durante tempo integral, a partir de sua melhora clínica, a permanência desses profissionais poderá ser reduzida e depois ser substituída por um cuidador formal ou informal em seu lar.

Muitos pacientes – como é o caso dos portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade – podem, inclusive, se beneficiar apenas com programas de prevenção e promoção a saúde, que incluem ações educativas, monitoramento por telefone e, em alguns casos, visitas no domicílio. Existem também programas voltados para gestantes e para o combate do sedentarismo. Outros casos, como idosos portadores de doenças degenerativas, como Alzheimer, por exemplo, também exigem empenho específico dos familiares, que devem estar preparados para os cuidados necessários a estes pacientes com o apoio da equipe do SAD.

Neste cenário, é evidente a relevância do papel desempenhado pelo cuidador. É ele quem irá auxiliar o paciente em seu cotidiano, durante a alimentação, a higienização, a locomoção, a troca de roupas e até na administração da casa e entre a interlocução família com os profissionais de saúde. Em casa, o cuidador acompanha de perto a evolução e torna-se um importante componente da equipe de cuidados.

Fonte: Afrafep