Sérgio Machado pede demissão da Presidência da Transpetro
O cearense Sérgio Machado, que estava licenciado desde dezembro do ano passado da Presidência da Transpetro, alegando problemas pessoais, entregou, na tarde de ontem, a sua carta de demissão ao conselho da subsidiária de transportes da Petrobras, que vivencia um momento de crise sem precedentes, tanto na sua gestão quanto na sua credibilidade junto ao mercado internacional. O pedido de Machado aconteceu cerca de 24 horas depois de a presidente da estatal, Graça Foster, e outros cinco integrantes de sua diretoria terem antecipado suas renúncias aos cargos.
Numa reunião ocorrida na última terça-feira, o Palácio do Planalto, Graça Foster conversou com a presidente Dilma Rousseff, quando teriam acertado que Foster e seus diretores sairiam da empresa no fim deste mês. Entretanto, no dia seguinte (quarta-feira), ela e cinco integrantes da diretoria da petroleira renunciaram. Alegando estafa e princípio de depressão, Graça Foster não estaria aguentando a pressão depois do anúncio do balanço do terceiro trimestre de 2014, da Petrobras, sem contar com a anuência da auditoria independente PricewaterhouseCoopers (PwC), informando que a companhia teria obtido um lucro líquido de R$ 3,987 bilhões, no período.
A carta de Sérgio Machado foi encaminhada para a própria Graça Foster, que preside o conselho da Transpetro. Até o fechamento desta edição, ainda não havia um nome que pudesse ser indicado para substituí-lo à frente da subsidiária que opera os navios da petroleira. O padrinho político de Machado é o presidente do Senado, Renan Calheiros, eleito durante sessão tumultuada no último domingo. Está previsto para hoje o anúncio do novo presidente da Petrobras e, possivelmente, também quem deverá assumir a gestão da subsidiária do setor de transportes.
Fonte: O Estado do Ceará