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Publicado em: 30/09/2015

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Confira os quatro hábitos essenciais para ser produtivo no home office

Funcionário que trabalha de casa produz até 40% a mais. Outra forma de trabalhar são os espaços compartilhados

A Sala de Emprego dessa segunda-feira (28) fala sobre as novas relações entre o trabalhador, os colegas e o chefe. Essa é uma fase de mudança, mas que na verdade está só começando. As tecnologias, as operações, as relações interpessoais e o mercado de trabalho vêm mudando e o empregado precisa entender essa dinâmica para não ficar para trás. Tudo pode começar, simplesmente, pelo ambiente de trabalho, o espaço físico.

Segundo dados da Regus, 61% das empresas usam trabalho flexível. Uma das maneiras de buscar essa flexibilização é trabalhar em casa, o chamado home office. Um funcionário que trabalha de casa produz até 40% a mais do que um funcionário regular e a empresa economiza entre 30% e 70% quando adota o home office, segundo a Prolancer.

A Robert Half listou quatro hábitos para que o colaborador seja produtivo no home office:

1. Estabeleça e cumpra um horário de expediente: Não tente colocar a casa em ordem ou resolver problemas pessoais entre uma tarefa do trabalho e outra para não perder o foco, mesmo diante de atividades profissionais com longos prazos de entrega. Garanta que os demais moradores da casa entendam e respeitem esse horário de trabalho;

2. Mantenha o networking: Tenha o hábito de marcar encontros com profissionais da sua área para se atualizar e trocar ideias sobre o meio e o mercado de trabalho, entre outros assuntos;

3. Planeje-se: A autonomia oferecida pelo home office exige maturidade do profissional, já que não há chefe supervisionando cada minuto do seu dia. Uma boa dica é estabelecer metas diárias e semanais;

4. Cuidados na escolha do local de trabalho: Ajuda muito na produtividade se você tiver um espaço pré-determinado para trabalhar, com boa iluminação, acomodação confortável - ainda que simples – e os itens de trabalho à mão.

Maria Aparecida de Souza, analista de TI do Banco do Brasil, improvisou o escritório no quartinho dos fundos do apartamento em que mora. Só que para entrar no programa de trabalho remoto, o cantinho foi avaliado e teve que ser aprovado pela empresa.

“Hoje temos 51 funcionários e até outubro vamos alcançar 100. Isso precisa trazer ganhos para o funcionário e para a empresa. Para a empresa gera aumento da produtividade, melhora da satisfação do funcionário e para o funcionário traz qualidade de vida”, explica Carlos Netto, diretor de gestão de pessoas do Banco do Brasil.

A maior parte da semana, Maria trabalha de casa. Ela tira um dia para ir até a empresa: “A gente faz também reuniões de convivência com esses colegas que estão lá. Então, esse dia é o da convivência, do afeto. Eu ganhei qualidade de vida pra mim e pra minha família”.

No Brasil, 12 milhões de pessoas já trabalham em casa, pelo menos, um dia da semana, segundo a Sociedade Brasileira de Teletrabalho. Dos 1.675 diretores de RH ouvidos em 12 países, no Brasil, 44% disseram que, nos últimos três anos, as empresas ampliaram a flexibilidade com relação aos funcionários, permitindo que eles trabalhem de forma remota. Nos outros países, como Chile, Austrália, Reino Unido, por exemplo, esse número caiu para 29%.

Entre as vantagens do home office apontadas pelos empresários estão que o funcionário fica mais produtivo, mas colaborativo, há um aumento de criatividade, mais comunicação e aumenta também a capacidade de gerenciar.

Espaços compartilhados

Uma nova forma de trabalhar são os espaços compartilhados. O escritório é seu e de quem mais queira alugar. “Quando ele pega um espaço pronto, flexível, ele tem a vantagem de não fazer investimento, não contratar pessoal e de flexibilizar o tempo de contrato”, explica Otávio Cavalcanti, diretor da Regus, um desess espaços em São Paulo.

Primeiro tem que decidir o tamanho: se vai ser uma estação pequena de trabalho, um pouco maior ou uma sala. Depois, o tempo: um mês de aluguel, dois meses, até um ano. Os preços vão de R$ 59 a R$ 3 mil, com direito a recepcionista, limpeza, café, internet, luz, água e condomínio.

O empresário Tácito Bocaiúva e outros dois sócios gastavam R$ 30 mil por mês em um escritório em São Paulo, até decidirem mudar: “É cerca de um terço do custo de quando eu tinha um escritório. Cada sócio gasta uma média de R$ 2 mil, R$ 3 mil com a empresa e também com endereço fiscal aqui colocado”.

Mais com menos

Dentro dessas mudanças do mercado, há empresas com uma estrutura muita enxuta, com poucos profissionais, mas que produzem muito.

Em Fortaleza, por exemplo, é em uma salinha pequena que está a filial de uma empresa alemã que trabalha com logística internacional e movimenta milhões de reais, a E3 Comex. A empresa só tem cinco funcionários, dois ficam externos e três fazem os contatos, negociações e toda a transação comercial.

"Eu costumo dizer que eu trabalho com meu telefone. Com meu telefone e meu computador, eu estou conectado com o mundo, através de um sistema integrado, de um sistema de tecnologia da informação. A cada passo, a empresa está sofisticando, melhorando pra que você analise os resultados corporativos. Hoje, você não precisa de um espaço grande, você precisa ter qualidade na sua infraestrutura. É isso que a gente pensa", explica Evandro Masiero, diretor executivo da E3 Comex.

Fonte: G1