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Publicado em: 30/09/2015

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Abertura de capital do IRB está mantida para este ano, diz secretário

Mesmo com a volatilidade do mercado financeiro nas últimas semanas, as operações de abertura de capital (venda de ações na bolsa) do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) está mantida para este ano, informou hoje (29) o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive. Segundo ele, o governo está avaliando continuamente as condições de mercado para saber quando venderá as ações da estatal.

Saintive reiterou que as receitas a serem levantadas com abertura de capital do IRB estão incluídas nas estimativas oficiais de receita para 2015. O valor que o governo espera obter com as operações não foi divulgado. Apenas está dentro da estimativa oficial de R$ 35,8 bilhões de receitas extraordinárias que o governo espera obter em 2015.

A instabilidade no mercado pode fazer o governo levantar menos recursos do que esperava com a venda das ações. O secretário, no entanto, adiantou que a equipe econômica está monitorando o mercado para decidir quando abrirá o capital das empresas.

“Como as condições estão voláteis, estamos atentos aos riscos de mercado com essas operações. Temos acompanhado o mercado semanalmente, mas até agora não tivemos sinal para interromper essas operações [de abertura de capital]”, acrescentou Saintive.

A abertura de capital do IRB está prevista para o início de outubro. Saintive evitou informar se existe uma data para a operação. Em relação à Caixa Seguridade, ele disse que, embora esteja acompanhando o mercado, o governo não decidiu se fará a abertura de capital.

“A abertura do IRB, mesmo que venha a ser postergada, deve ocorrer ainda este ano. Em relação à Caixa, não foi tomada a decisão se terá o IPO [sigla em inglês para oferta pública inicial de ações]. Quando a decisão for tomada, o mercado saberá”, declarou. Desde agosto, o processo de abertura de capital está tramitando em caráter sigiloso na Comissão de Valores Mobiliários,

Sobre os leilões diários de compra e venda de títulos públicos, que começou na semana passada e vai até sexta-feira (2), Saintive afirmou que o Tesouro poderá manter o programa caso constate que a volatilidade no mercado financeiro continue na próxima semana. Ele, no entanto, disse que a decisão só será tomada no fim desta semana.

“O mercado está extremamente volátil. O Tesouro vem atuando e dando a sinalização correta para acalmá-lo. Se for necessário adotar uma estratégia, como foi feita na semana passada, com uma programação de leilões diferentes da atual, faremos. Buscamos atuar dentro de uma regra, de uma sinalização que o Tesouro está pronto para reduzir a volatilidade do mercado.” Ele lembrou que o Tesouro tem em caixa recursos suficientes para comprar títulos públicos e honrar os vencimentos da dívida pública por alguns meses.

Nos leilões de ontem (28) e de hoje (29), o Tesouro não vendeu nenhum título prefixado de longo prazo. Segundo o secretário, o órgão optou por não vender porque não considerou justos os preços oferecidos pelos investidores. “Dado o colchão de liquidez [recursos que o Tesouro tem para comprar títulos públicos], não precisa estar atuando para receber o preço justo. Qualquer aumento de volatilidade adicional, ele está pronto para atuar."

Apesar de não ter vendido nenhum papel prefixado de longo prazo, o Tesouro Nacional leiloou o lote integral de títulos de curto prazo vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia). De acordo com o órgão, houve demanda dos investidores em trocarpapéis de longo prazo por de curto prazo.

Fonte: Agência Brasil