Construção sugere saída do Aeroporto da Capital
Proposta pelo Comaer, a resolução estipula o limite máximo para novas edificações, ou qualquer objeto que se eleve a mais de 45 metros de altura. No bairro Guararapes, só poderão ser construídos prédios com até 16 andares
A nova portaria do Comando da Aeronáutica (Comaer), que vai reduzir em até 100 metros a altura de novas edificações em determinadas regiões de Fortaleza, já preocupa a construção civil local, que teme que a norma limite consideravelmente o crescimento habitacional da cidade. O setor, inclusive, levanta a possibilidade de uma medida ousada para solucionar o problema: o reposicionamento do aeroporto da Capital cearense. A mudança, porém, poderia acabar com a boa localização do aeródromo, um dos maiores diferenciais de Fortaleza na briga pelo centro de conexões de voo (hub) da TAM.
"A melhor solução seria tirar o aeroporto de dentro de Fortaleza, pois assim não teríamos restrições na construção de edifícios. A localização do Pinto Martins, contudo, é uma dos maiores atrativos que a cidade tem para fisgar o hub da TAM", destaca André Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE). O setor da construção civil participou ontem, na Fiec, de um seminário sobre a nova portaria da Aeronáutica.
Ainda no evento de ontem, representantes do Comaer explicaram as principais mudanças impostas pela nova norma, que será implementada em todo o País. A Aeronáutica é clara: ou a cidade se ajusta aos padrões impostos, ou muda o aeroporto de lugar. "Além do complicador com o hub, o local para onde colocar o aeródromo também seria um problema. Eusébio? São Gonçalo do Amarante? Isso sem falar nos custos gigantescos que estariam envolvidos", destaca o presidente do Sinduscon-CE. André faz questão de dizer que essa solução é muito improvável.
O que muda
Proposta em outubro, a resolução estipula o limite máximo para novas edificações, ou qualquer objeto que se eleve a mais de 45 metros de altura. No bairro Guararapes, por exemplo, só poderão ser construídos prédios com até 16 pavimentos (antes, era permitido até 24 andares). Os bairros de Fátima, Dionísio Torres e Luciano Cavalcante também ficam mais limitados.
Fonte: Diário do Nordeste