QUEDA DE 0,3% - PIB do Brasil retrai menos que o esperado
O IBGE divulgou, ontem, o resultado do desempenho da economia do País para o primeiro trimestre deste ano. Ante o quarto trimestre de 2015, o recuo foi de 0,3%
O Produto Interno Bruto (PIB), medida da renda de bens e serviços produzidos no País, teve queda de 0,3% no primeiro trimestre de 2016 ante quarto trimestre do ano passado. Com isso, somou R$ 1,47 trilhão. Isso significa que a economia encolheu menos do que o previsto no primeiro trimestre deste ano - o último ainda integralmente sob comando do governo Dilma Rousseff, afastada em 12 de maio.
Quando comparado ao primeiro trimestre de 2015, o PIB teve um recuo de 5,4%. Conforme os dados divulgados na manhã de ontem pelo IBGE, a intensidade da queda foi também menor do que a verificada no fim do ano passado, quando a economia havia registrado retração de 1,3%.
A recessão da economia começou no segundo trimestre de 2014, com queda de 1,2%. No terceiro e quarto trimestre de 2014, o PIB ficou estagnado (0% e 0,2%, respectivamente). Depois, caiu por cinco trimestres. Isso significa que o País continua empobrecendo, ainda que menos do que o previsto no trimestre.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias teve queda de 1,7% no primeiro trimestre, frente aos três meses anteriores. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo foi mais intenso, de 6,3%.
Investimentos registraram retração de 2,7% no primeiro trimestre frente aos três meses anteriores. Essa queda foi de 17,5% na comparação em base anual.
Exceção pela ótica da oferta veio dos gastos dos municípios, estados e União. Houve crescimento de 1,1% ante o quarto trimestre do ano passado e queda de 1,4% ante igual período de 2015.
Pelo lado da demanda, o PIB da indústria e dos serviços voltaram a encolher. O PIB industrial recuou 1,2% frente ao fim do ano passado. Essa queda foi ainda maior quando comparada ao primeiro trimestre do ano passado (-7,3%). O PIB de serviços teve uma baixa de 0,2% frente ao quarto trimestre de 2015. Foi a quinta baixa consecutiva, inédito na série da pesquisa, de 1996.
A agropecuária surpreendeu negativamente ao ter uma leve queda de 0,3% frente ao trimestre anterior e de 3,7% ano o mesmo período do ano passado.
Recuperação
O Ministério da Fazenda afirma, em nota, que, nos próximos trimestres, deve ter início o processo de recuperação da economia, como consequência da implementação de iniciativas recentemente anunciadas. Ainda diz que os dados confirmaram continuidade da mais intensa recessão de nossa história. “A qual, dentre outros aspectos, gerou um contingente de 11 milhões de desempregados”, afirma em nota. (Folhapress)
NÚMEROS
5,4%
foi a queda do PIB ante resultado do primeiro trimestre de 2015
Fonte: O Povo