CE sobe 3 posições em ranking de infraestrutura
Estado saiu do 15º lugar no País para o 12º. No Nordeste, o Ceará é o 3º, atrás do Rio Grande do Norte e da Paraíba
No ranking geral, o Ceará melhorou de posição em dez indicadores analisados e tem o 15ª melhor desempenho do País. Em 2004, ocupava a 18ª posição. Dos 28 indicadores, o Estado conta com o melhor resultado em qualidade da energia, sendo o 2º colocado, atrás de São Paulo. O cálculo leva em consideração o número e as horas de interrupções no fornecimento do serviço. No quesito proporção de rodovias pavimentadas e qualidade da malha viária, o Estado é o 13º colocado do ranking nacional. Em acesso à internet e à telefonia, ocupa as 23ª e 21ª posições, respectivamente.
Em relação ao desenvolvimento econômico, de 2004 para 2014, o Ceará saltou apenas uma colocação no ranking nacional, saindo do 21º para 20º lugar, um das piores do País. No Nordeste, é o 4º, perdendo para Sergipe (16º), Pernambuco (17º) e Piauí (19º).
Nos quesitos Produto Interno Bruto (PIB) per capita, taxa de desemprego e informalidade, o Estado aparece na 23ª, 14ª e 21ª posições, respectivamente.
Estratégias
Para o diretor da Macroplan responsável pelo estudo, Gustavo Morelli, as lideranças políticas precisam assumir um forte protagonismo para viabilizar reformas no Estado brasileiro. “A boa gestão estadual é crucial para o desenvolvimento do País como um todo. O desafio é identificar gargalos e priorizar estratégias que sejam capazes de fazer o Brasil avançar, evitando ações fragmentadas e a dispersão dos recursos e esforços”, alerta.
Na opinião do presidente executivo do MBC, Claudio Gastal, o estudo é uma ferramenta de apoio aos governos para priorização de políticas públicas, além de possibilitar uma análise da qualidade e produtividade do gasto. “Esse instrumento é um bem-público para governadores, secretários, gestores públicos, empresários e cidadãos. O cenário de crise é fato, e é essencial que líderes tenham uma ferramenta de análise para a governança e gestão”, afirma.
Agenda de reformas
O estudo também propõe a articulação de uma ampla agenda de reformas com dois focos: a criação de estímulos voltados à ampliação da competitividade e o alcance do equilíbrio fiscal, sendo que, neste campo, o maior desafio está concentrado na contenção de gastos com pessoal, ativo e inativo. Entre 2008 e 2015, a despesa foi ampliada em R$ 100 bilhões acima de inflação no conjunto dos estados, passando de R$ 252,6 bi para R$ 352,4 bi, gasto superior à soma das demais despesas correntes, investimentos, inversões e serviços da dívida.
Reformar os diferentes sistemas previdenciários, aprimorar a legislação que rege o funcionalismo público, buscando ser mais seletivo na definição das carreiras de Estado, e criar mecanismos que reduzam o crescimento vegetativo do custo de pessoal são agendas urgentes e prioritárias neste campo, recomenda o estudo da Macroplan.
Fonte: Diário do Nordeste