Inflação avança 0,7% em Fortaleza

10/04/2014.

Os grupos educação e alimentação e bebidas foram os responsáveis pelos maiores índices registrados. A inflação em Fortaleza ainda se mantém entre as quatro menores das 13 cidades pesquisadas

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Fortaleza no mês de março registrou alta de 0,70%, de acordo com a pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou 0,51 ponto percentual acima da taxa de 0,19% registrada no mês de fevereiro.

Na comparação com as outras capitais pesquisadas pelo IBGE, Fortaleza teve a quarta menor inflação, atrás de Vitória, com 0,60%, Belém (0,53%) e Recife (0,52%).

Já a inflação nacional apresentou variação de 0,92% e ficou 0,23 ponto percentual acima da taxa de 0,69% registrada em fevereiro, o que equivale à maior referente ao mês de março, desde o ano de 2003, quando o IPCA atingiu 1,23%.

“A inflação está ascendente no país. Em Fortaleza, ela pode estar abaixo das demais capitais, mas não podemos esquecer que, no segundo semestre do ano passado, chegamos a alcançar a maior marca do Brasil”, aponta Ricardo Eleutério, economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-CE).

“O Governo diz que a inflação tem se mantido abaixo do teto de 6,5%, mas esse índice está há tempos superior à meta de 4,5%”, complementa. A inflação nacional acumulada nos últimos 12 meses ficou em 6,15%, enquanto que em Fortaleza, a marca foi de 5,32%.

Reajuste escolar

Francisco José Moreira Lopes, chefe da unidade estadual do IBGE no Ceará, aponta os grupos alimentação e transportes como os responsáveis pelo aumento na inflação nacional, representando juntos 79% do índice de março.

“Em Fortaleza, o grupo de alimentação e bebidas teve aumento de 0,93%, puxado pelos preços dos tubérculos e legumes, dentre outros”, afirma. “No entanto, tivemos o reajuste de 7,53% no valor das mensalidades escolares, em data diferente das demais capitais. O grupo educação teve um impacto de 4,97% no IPCA”, lembra.

Metodologia

O IPCA calcula o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos residentes em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Goiânia, Vitória, Campo Grande e de Brasília.

São considerados nove grupos de produtos e serviços, subdivididos em outros itens. Ao todo, são avaliados 465 subitens.

Fonte: O Povo Online (Jornal O Povo)