Campanha Salarial: Entidades definem novas estratégias de mobilização
09/11/2011.
Nem as constantes negativas do governo de conceder reajuste aos servidores públicos nos próximos anos são capazes de desanimar as carreiras integrantes da Campanha Salarial conjunta, que se reuniram terça-feira (8/11) para definir novas estratégias de mobilização.
Pelo Sindifisco Nacional, participaram o diretor-adjunto de Administração, Eduardo Tanaka, e o diretor de Relações Internacionais, João Cunha, ambos representantes do CNM (Comissão Nacional de Mobilização) do Sindicato. Também esteve presente o Auditor-Fiscal Adilson Matos (BA), integrante do CNM e representante da 5º RF (Região Fiscal).
Os dirigentes das entidades fizeram uma breve avaliação do II Dia Nacional de Mobilização Unificada, realizado no dia 26 de outubro, e da reunião com o relator-geral da proposta orçamentária da União para 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), ocorrida na segunda-feira (7/11). No encontro, que contou com a presença do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, o deputado afirmou que só pode trabalhar o pleito dos representantes da Campanha Salarial Conjunta se a alteração chegar ao Congresso Nacional por meio de um projeto de lei do Executivo.
A posição do relator-geral do orçamento representou um recuo do que ele mesmo havia afirmado dias antes, que existiam espaços no orçamento para o reajuste. Na época, Chinaglia chegou a orientar as entidades a reforçarem os contatos com os líderes de bancada do governo, tendo em vista que, segundo o parlamentar, as propostas de reajuste deviam partir dos relatores setoriais.
Como forma de buscar a inclusão do reajuste dos servidores no orçamento do próximo ano, na quinta-feira (10/11), as entidades terão encontro com o deputado Gilmar Machado (PT/MG), a quem vão entregar o texto da proposta de emenda e solicitar apoio nas demandas das carreiras. Gilmar Machado é vice-líder do governo no Congresso e membro da Comissão de Orçamento. A reunião será às 12h30.
Na opinião de Eduardo Tanaka, este é o momento de fortalecer a mobilização com ações conjuntas em várias partes do país. “É preciso intensificar a participação das carreiras com ações em locais estratégicos como os portos e aeroportos de todo o Brasil, difundindo a mobilização em outros Estados e não somente em Brasília”, sugeriu o diretor.
A sugestão de Tanaka foi reforçada pelo diretor João Cunha, que falou da importância de as entidades sinalizarem para o governo a indignação da Classe com as recentes negativas. “Devemos mostrar para o governo que não aceitaremos um 'não' como resposta e vamos exigir uma proposta. Para isso, é preciso mostrar a força da Campanha Conjunta. Assim, o governo certamente terá um olhar diferente para as nossas reivindicações”, afirmou.
Durante a reunião, os diretores fizeram uma apresentação do Comando de Mobilização do Sindifisco, previsto no art. 73 e art. 74 do Estatuto do Sindicato. O objetivo foi o de explicar como é feita a organização do Comando Nacional de Mobilização e, ao mesmo tempo, de apresentar o modelo de organização dos comandos de mobilização do Sindicato para que possam ser seguidos pelas demais entidades.
Seminários - Ainda durante a reunião, Eduardo Tanaka e João Cunha solicitaram aos representantes das entidades que enviem seus filiados para participarem do Seminário sobre o PL 1992, previsto para o dia 22 deste mês, em Brasília (DF). O evento está sendo organizado pelo Sindifisco Nacional e pretende debater a importância da rejeição dos parlamentares ao projeto que pretende criar a Previdência Complementar para os servidores públicos. Além dos servidores públicos, também serão convidados para o evento deputados e senadores.
Ainda na capital federal, está previsto para o dia 7 de dezembro outro seminário, intitulado “Serviço Público de Qualidade: um desafio no combate à corrupção”, organizado pela Anafic (Associação Nacional dos Auditores Federais de Controle Interno).
Também participaram da reunião dirigentes do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho), da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil); da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal); a ABPC (Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística); do Sindepo/DF (Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal); da Adepol/DF (Associação dos Delegados de Polícia do Distrito Federal); da ABPC/DF (Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística); da APCF/DF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais) e da Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil).
Fonte: Sindifisco Nacional